O primeiro
título que havia pensado para esse texto era “eu, que fiz cesárea”, mas
refletindo melhor percebi que eu não fiz uma cesárea, fui cesareada.
O pouco do
contato que eu tive com informações a respeito de parto normal se deve ao
movimento feminista. Confesso que não fui atrás de muita informação, hoje penso
que devia ter entrado em grupos de apoio ao parto natural, ido atrás de gente
que tinha feito, procurado uma doula, saber sobre a burocracia do plano de saúde
e tudo o mais. Mas não fiz isso e essas informações não chegaram sozinhas até
mim. Por que? Por que não bastou ficar parada para que um parto natural me
fosse oferecido?
A cesárea
em compensação enfiou o pé na minha porta. Desde o começo ouvia que ela era o
melhor, mais garantida, menos preocupante, trabalhosa, dolorida, “uma benção”
alguns disseram. Toda vez que eu dizia que ia tentar parto normal ouvia um “o
que?” em resposta, geralmente acompanhado de “nossa, que coragem” ou mesmo
“para, você é louca” e chegaram ao absurdo de me responder com todas as letras:
“Não faça isso!”.
E foi assim
com toda essa falta de informação e de apoio que eu com quase 41 semanas de
gestação fui parar em uma mesa de cirurgia para a retirada da minha filha do
meu útero. E foi horrível. É até difícil de explicar como me senti, mas vamos
tentar:
Depois de
anestesiada eu comecei a passar mal, minha pressão caiu, tive ânsia de
vômito... e aí passou. Os médicos chegaram, se sentaram e começaram o serviço,
enquanto eu deitada, inerte, me mantive pacífica e de mãos atadas (quase que
literalmente, com aquele monte de fios, agulhas, máquinas me prendendo) no meu
próprio “parto”. Depois que me cortaram foi médico puxando de baixo,
anestesista empurrando de cima, todo mundo com suas máscaras de cirurgia se
esforçando no propósito de tirar meu bebê do lugar de onde ela não queria sair.
Quando a
pediatra a pegou e me mostrou, eu não via a minha filha ali. Eu via um pedaço
de mim. E quando digo um pedaço é como um pulmão, uma perna, algo que me foi
arrancado e que eu queria de volta. Eu me senti completamente mutilada,
invadida, violada. E eu chorei. E não, não foi choro de alegria ou de emoção.
Eu chorei de tristeza. Chorei a dor de quem acabou de ser violentada e sabe que
agora nada mais pode ser feito, nada vai trazer de volta o momento em que
aquilo não tinha acontecido.
Depois a
pediatra segurou meu neném no meu peito por algum tempo. E eu sinto que esse
deveria ser o momento mais espetacular e indescritível da minha vida. Essa
deveria ser a hora da sensação mais arrebatadora que já tive, da transformação,
da grandiosidade do meu ser, eu simplesmente não deveria ter palavras para
descrever esse momento. Mas eu tenho: A anestesia voltou a me dar uma náusea
muito, muito forte e aí eu olhei para a minha filha e disse exatamente “tira
ela daqui que eu tô passando mal”.
Depois
disso a Rita foi levada e eu sedada e fiquei lá por horas sendo costurada.
Quando fui para o quarto ainda não sentia minhas pernas, não podia falar, não
podia beber água, não podia levantar a cabeça, qualquer coisa que eu fizesse
poderia me causar efeitos colaterais fortíssimos e então eu prossegui inerte
durante boa parte do dia.
A lembrança
desse dia me dói muito. Sinto uma inveja tremenda quando vejo as imagens de mães
com seus filhos sangrando em suas mãos, louquíssimas de hormônios, com uma
mistura de choro (esse sim de emoção) e riso, sentindo algo absolutamente
indescritível, chega a apertar meu coração.
Ontem a
Marcha do Parto em Casa ocorreu em diversas cidades do país. Mas não se enganem
pelo nome, não lutamos apenas pelo direito de termos nossos filhos em casa se
quisermos, lutamos pelo direito de escolha e, partindo da perspectiva de
Gramsci, só há uma forma de alcançarmos esse direito: Com informação. Não há liberdade
sem conhecimento.
Não podemos
falar em cesárea por opção enquanto vivermos nessa nação cesarista que omite
tanto fatos, dados e estatísticas a respeito do parto, quanto suporte e apoio.
Não temos condições emocionais ou materiais de escolher um parto normal.
Queremos
ser empoderadas novamente, que parem de nos dizer que a dor do parto é como a
morte, que não temos força para ela, que não vamos aguentar. Queremos ser
lembradas de que o nosso corpo está pronto para o parto, que nós estamos
preparadas para isso, nós temos exatamente a força da qual precisamos. Queremos
parar de ouvir mitos como “só pode esperar até 40 semanas”, “não dá para fazer
parto se o cordão estiver no pescoço”, “ o bebê nasce roxinho porque falta oxigênio” ou mesmo “com
parto normal a mulher fica larga” (!!!).
Queremos
ser devidamente informadas sobre os maiores riscos de mortalidade materna com a
cesárea, sobre a sensação de prazer do
parto, sobre nossas reais necessidades. Queremos a possibilidade de ter nosso
bebê mamando na primeira hora de vida, do corte tardio do cordão umbilical e do
vínculo direto. Queremos ter autonomia para decidir sobre o nosso próprio corpo
e o direito de sermos protagonistas na nossa própria vida, inclusive (e
especialmente) no momento em que geramos outra vida.
Queremos a
informação e o apoio ao parto natural e ativo vindo bater a nossa porta ao
invés desse cesarismo que invade a nossa casa.
Ps. E para quem ainda não viu, aqui está o famoso vídeo que fez o Brasil morrer de amor.
Lindo, que em uma proxima gestação você possa efetivamente parir e exorcisar essa 'desnecesária' que lhe foi imposta!
ResponderExcluirParabéns! Gostaria de ver mais e mais relatos semelhantes! Gostaria de ver mais e mais mulheres enxergando por traz do véu da cesárea.
ResponderExcluirPaula, lindo texto, de verdade. Vou compartilhar no meu facebook, ta? E apóio o que a Amanda disse ai em cima. Um beijo.
ResponderExcluirNossa, FORTE. Muito forte. :ó)
ResponderExcluirMas vc irá experimentar essa experiência na sua próxima gestação, já que sentiu na pele o terror da cesárea, e agora está mais informada e forte do que nunca, pra poder parir seu próximo bebê.
amei o post!
ResponderExcluirsou super a favor do parto em casa e da divulgação de informações sobre esse assunto.
amei a segunda imagem utilizada no texto e queria saber a autoria, se possível!
Mari
Mari, a imagem é de Amanda Greavette, maravilhosa né? Ela sempre me emociona muito. Tem outras pinturas da mesma autora no estilo :)
ExcluirÉ bom que leve um corte bem grande na priquita pra deixar de frescura!!! kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMisoginia doentia detectada.
ExcluirHahaha, é o corte é e-nor-me mesmo. E é bem na "periquita" (wtf) hahaha. Parabéns vei, tu manja muito.
ExcluirÉ melhor o senhor ficar anônimo mesmo... kkkkk...
Excluiressa foi a sua experiência com relação a isso mas e muito relativo cada um tem um ponto de vista e uma experiencia vivida a minha particularmente nao passei tao mal assim fiz duas cesareas e se tivesse mais algum filho faria novamente cesarea ja tem maes que sentem muita dor mesmo no parto normal e ficam traumatizadas a ponto de nao querer mais ter filho como tem maes que chegam com o filho escorregando já quase sem tempo de chegar no hospital varia de organismo para organismo ,graças a Deus nas minhas chorei de emoçao ao ver meus filhos lembranças boas falaram mais alto do que o incomodo que senti. Bjs
ExcluirPaula,
ResponderExcluirEu não sei como e não faço ideia do porquê, não conhecia esse blog, de nome excelente!
Li o texto e adorei.
Mas a parte: "e, partindo da perspectiva de Gramsci, só há uma forma de alcançarmos esse direito: Com informação. Não há liberdade sem conhecimento" me arrancou um "AHHHHHH" de contentamento.
Excelente reflexão. Excelente.
Grata pela oportunidade de ler algo assim.
E sinto muitíssimo pela sua experiência.
Um abraço solidário!
Ligia
Em nós dois. Eu ia comentar isso agora, hahaha
ExcluirParece que eu me vi no seu relato. A questão de se sentir um pedaço de carne, de passar mal com a anestesia e não ter aquela sensação maternal ao ver pela primeira vez o bb...Se quiser ler o meu relato entre em
ResponderExcluirhttp://ishtarsorocaba.blogspot.com.br/2011/10/3-dia-semana-babywearing-parceria-com.html
Nossa, confesso que tive até uma certa dificuldade em ler seu relato! Pesadíssimo. Nossa, apertou o peito, viu.
ExcluirVou comentar como Anônima porque não quero um monte de ativistas enchendo o meu saco. Mas a verdade é que eu também fui submetida a uma cesárea e mesmo assim abstrai a via de parto que para mim é apenas um detalhe e recebi a minha filha com toda a emoção e a alegria que ela merece. Não sou mimada pra achar que só porque algo não saiu exatamente como eu queria que todo o momento que é sim grandioso tenha se perdido. É como achar que a festa de casamento acabou porque a barra do vestido sujou na entrada da igreja. Ter um filho é um milagre sublime e claro que todo mundo deve ser respeitado nessa hora, mas eu acho que tem outros momentos para desejar um orgasmo cósmico e a mulher se empodera é no dia a dia mesmo.
ResponderExcluirMas esse anonimato tem nome e sobrenome, hein? Hahaha
ExcluirEu ia responder milhares de coisas, mas me toquei que a pessoa veio aqui só pra me dizer que é mimo o fato das mulheres quererem ser informadas e ter sua autonomia e vontade respeitadas. Além de comparar a maternagem a uma festa de casamento (!) e tudo isso que eu descrevi - e que visivelmente, não sou a única - com um vestido sujo (!).
É muito ódio acumulado - e sorry, recalque - para eu perder meu tempo DE NOVO.
Vou colocar como anonima pq não quero pessoas ignorantes como vc me perseguindo.
ExcluirCesaria é necessidade e nada melhor que vc demonstrar o amor que tem pelo filho parindo naturalmente quando possivel!
Ogras como vc nunca vão para frente!
Acorda em quanto a tempo.
Esse é o exemplo que vc vai dar ao seu filho(a)?
Péssimo!
Primeiro anônimo, você desqualifica a experiência alheia como se a sua fosse única e mais especial e "certa" do que a de todos os outros mortais. Chama a autora do texto de mimada por acreditar que as mulheres devem ter direito ao seu corpo e a ter acesso a todo tipo de informação sobre o parto. Você relativa o sofrimento da autora e de diversas mulheres que se identificam com caso por causa que você lidou bem com a situação. Não dá pra entender.
ExcluirUm relato que fala mal da cesariana, não te impede de escolher ter um parto por esse procedimento. O relato da Paula, a luta pelo parto em casa, só quer possibilitar várias mulheres que não querem fazer cesária de terem o parto conforme o que elas querem e terem acesso a todo tipo de informação que pode auxiliar na escolha do tipo de parto que a pessoa quer para si e para seu filhx. Não se esqueça que a luta pela autonomia e pelo direito ao próprio corpo também perpassa nessa área.
Imagino, primeiro anônimo, que por mais que você ache coisa de menina mimada lutar por um parto mais humanizado, é fato que você não concorda com comentários como o de um anônimo misógino que disse que tem que cortar a piriquita pra mulher deixar de frescura, né? Então, por favor, não contribua mais pra essa cultura de ódio ao feminino falando que reclamar de cesária é coisa de menina mimada, porque por mais que você queira dizer algo diferente do anônimo misógino, soa igualzinho.
Acho que cada um passa por experiências de vida que são únicas. Uma pessoa pode passar por uma cesária e ser tudo uma maravilha, outras acharem que não foi nem tão bom nem tão mal e outras podem passar por uma experiência horrível. Entretanto isso não faz da pessoa que não sofreu trauma ou acha que nao sofreu a mais certa ou a melhor. Em uma situação como essa existem vários fatores a seram considerados. Esse tipo de argumento do Anônimo é típico de crianças (o meu é melhor q o seu). Talvez o Anônimo seja dessas pessoas que sofrem e não percebem e acabam descarregando suas fustrações nos outros. Ou pode ser que o Anônimo não tenha sido alfabetizado corretamente e por isso foi difícil entender o texto. O que a autora está discutindo é a falta de informação das pessoas comuns e dos próprios profissionais de saúde sobre o assunto. Acho que o objetivo do texto não é condenar o parto via cesária, até pq existem casos que o parto normal é arriscado para mãe e o bebê, mas sim levantar a questão de como somos todos mal informados.
ExcluirWindows 7--------------------------------------
ExcluirTroll machista detectado, o que deseja fazer?
[ignorar] [dar atenção] [mandar tomar vergonha na cara]
Paula, lindo texto! Muito verdadeiro. Nós, que já tivemos uma cesariana, nos identificamos na hora com o vazio e a enorme sensação de termos sido roubadas que você descreve. Gostaria de compartilhar seu relato no meu blog, se você permitir - www.diariodeumadoula.com.br
ResponderExcluirLá, também está o relato do meu parto: "As dores do meu parto". PARABÉNS, e fico no aguardo de sua resposta - ines@diariodeumadoula.com.br
Nossa, Inês, imagina, fico lisonjeada.
ExcluirPode publicar com certeza! Só coloca o link para cá, pode ser? Obrigada, viu. Vou ver seu texto :)
Lindo texto!! Me vi nele, senti tudo isso há três anos, mas ainda dói como se tivesse sido hoje. Força pra nós!!! Parabéns e não se abale com as críticas!! :)
ResponderExcluirPaula, cai aqui hoje e quero ler mais do blog. Por hora, dizer que adorei o texto e citei um trecho no post que acabei de publicar sobre a marcha, com o devido crédito, claro.
ResponderExcluirSe houver algum problema pela citação, me avise.
Abraço!
http://danielices.blogspot.com.br/2012/06/marchemos.html
Você arrasou!
ResponderExcluirMe vi em alguns pontos do seu relato, tbm tive um parto cesárea, por pura falta de informação e tbm muita imaturidade.
Hoje eu me arrependo muito, apesar de não ter sentido dores, não ter tido nenhum efeito colateral da anestesia, posso dizer que não tive aquele tão comentado momento maternal.
Eu simplesmente olhei meu filho pra ver se estava tudo em ordem e só, minha filmagem durante a cesárea é deprimente, eu não estava feliz.
Só depois q eu estava livre daquele sala terrível chamado Centro Cirúrgico ai sim eu quis meu filho e amei muito.
Se um dia tiver outro filho, com certeza eu escolho meu parto em casa!
Beijoss!
meu plano de saúde é conhecido como amigo do bebe... e por isso levei a gestsção até 42 semanas e 5 dias...meu bebe estava totalmente tranquilo e nçao queria sair de jeito nenhum... induzi o parto..e nada depois de ter sofrido por hora... veio uma alma caridosa e me falou..."VOU TE LEVAR PARA A CESARIA" me senti decepcionada no inicio...
ResponderExcluirmas depois que meu filho saiu...bem e com saúde...fiquei feliz por existir esse método (cesária). Por que por mais que eu quisesse me sentir MUITO MULHER por ter conseguido um parto normal...fiquei feliz por pelo menos ter meu filho nos meus braços com MUITA saúde
Acho muito interessante a maneira como as pessoa falam de cesária... como se fosse a pior coisa do mundo...e na verdade não é... é só uma maneira diferente de ter filhos...diferente no método natural....e isso não faz menos mulher aquela que faz cesária (por não ter conseguido ter no método natural) já vi casos de pessoas que tentaram de todas maneiras ter um parto normal e no final perdeu o nenem ...por ter passado da hora e não ter entrado em trabalho de parto, acredito que todos tem que ter bom senso sobre isso se consegue e esta tudo bem...por que não ter um parto normal? mas para quem não consegue o parto normal ainda bem que existe a tão recriminada cesária, ter ou não um parto normal é uma questão muito pessoal e do organismo de cada um!
O problema é que no Brasil o recriminado é o parto normal. Peguei aqui um dado de 2009 em que 84,5% dos partos da rede privada são cesarianas, quando a OMS recomenda 15%. É possível falar em indústria da cesária no Brasil. O texto da Paula é uma visão bem particular de como foi a experiência dela, mas sabemos que para muitas mulheres pode não ser uma experiência traumática. O que defendemos é que deveria ser DE FATO uma escolha da mulher, mas para isso é preciso informação. ;)
ExcluirGente, NINGUÉM É MENOS MÃE por ter sido submetida a uma cesárea. Algumas mulheres "se dóem" porque se sentem afetadas por textos pró parto natural, no meu relato de parto aconteceu o mesmo. Mas, como li esses dias, se trata da QUALIDADE DO NASCIMENTO, não da mãe.
ExcluirQue texto maravilhoso! E temos a mesma sensação quanto a essa cirurgia...
ResponderExcluirParabéns pelas palavras!
Acho q vc exagerou, mas respeito seu post, mesmo pq se eu não respeitasse, jamais faria um comentário maldoso, simplesmente fecharia a pagina e tchau!
ResponderExcluirSou super a favor do PN, mas não o domiciliar. Mas isso não vem ao caso. Mas sou a favor do PN, assim como sou a favor da cesarea. Eu tive cesaria, mas ao contrário de vc ñ me senti frustrada e sim feliz, pq minha filha veio ao mundo saudável, coisa q poderia não acontecer caso eu tivesse tentado o PN.
E sim, não sei pq com vc não foi assim, mas a minha filha mamou logo q nasceu, mesmo tendo tido cesarea.
A anestesia, pra (mim tá?), foi maravilhosa. Não senti enjoo, nem dores, nem mal estar e nem fiquei horas sendo costurada. Foram ao todo, desde o momento q entrei na sala de cirurgia, 46 minutos lá...apenas.
Eu pude falar, normalmente e em 2 horas e meia eu sentia minha pernas, sentava, conversava. Em 7 horas levantei e tomei banho com direito a lavar os cabelos e tudo!
Acho q vc pegou os profissionais errados, somente isso, e não teve nada a ver com a cesarea em si, e sim as pessoas q fizeram a cesarea em vc. Vc ja parou pra pensar nisso?´
Eu NUNCA senti dor nos pontos, nem ao andar e em 3 dias, no dia em q saí do hospital, eu mal me lembrava q havia feito uma cirrugia, pq sim, eu sei q cesareana é cirurgia e como qlq cirurgia, há riscos. Eu sei perfeitamente disso.
Não to levantando bandeira, mas acho q essa sua experiencia, como eu disse, mais tem a ver com os profissionais q vc escolheu do q com a forma em q seu filho nasceu!
Acho q se tivesse sido como a minha cesarea, por exemplo, vc jamais teria feito um post desse.
Como eu disse, respeito sua opinião, mas acho q vc assim assusta as mulheres q terão q fazer uma cesarea por necessidade, vc pensou nisso qdo fez esse post?
Um abraço!
"Acho q se tivesse sido como a minha cesarea, por exemplo, vc jamais teria feito um post desse." talvez, mas não foi, foi exatamente como eu descrevi. Desculpa se o fato da minha cesárea ter sido pior que a sua te ofende. Bjs.
ExcluirJamais me ofenderia, longe de mim!
ExcluirMesmo pq achei seu texto muito bem escrito, detalhado, bom!
Sinto muito por vc ter se frustrado então, deve ser dificil viver com uma frustração assim pro resto da vida. Quem sabe no seu proximo bebe vc não consiga o q tanto sonhou?
Torço pra isso, acredite!
Engraçada essa tentativa de silenciar as outras com argumentos do tipo "a culpa é sua que não encontrou bons profissionais". Colega, pelo visto os profissionais são MUITO ruins mesmo, pq eu praticamente só conheço experiências negativas com cesárea.
ExcluirE assim, me diga aí qual a dificuldade em entender que a Paula está dando o relato pessoal DELA para alertar para o fato de que a cesária não é tão eletiva assim? Que milhares de mulheres passam por um procedimento que, a priori, foi criado como alternativa ao parto normal e não substituto total deste? Que essas milhares de mulheres são REFÉNS dos horários dos médicos que NÃO se disponibilizam a realizar parto normal nelas? É sério que é difícil entender isso?
Aliás, raciocínio simplista é isso aí: não se pode dar um relato pessoal para questionar algum sistema vigente que a pessoa já é automaticamente taxada de "frustrada". Não se preocupe, Paula, vc pode tentar o parto natural com outro bebê. Oi, é sério que vcs acham que é disso que ela trata? Chega a ser risível, de tão bobinho.
ExcluirA unica coisa risível ao meu ver é essa polêmica q se criou nesses dias sobre isso.
ExcluirSó se fala disso, e as pessoas tão sim perdendo a mão da forma como expoem suas experiências.
Conheço MIL pessoas q tiveram PN doloroso, sofredor, com fórceps, só pra entrar na "modinha" q se criou em cima de PN. Nao to dizendo q seja modinha, parir é fisiológico, natural, enfim, mas vi muita mulher se ferrando por nada! Apenas pra entrar na estatística. Q se danem as estatísticas! Eu prefiro MIL cesáreas a um PN com fórceps, por exemplo!
Isso sim é desumano....
Mas como isso virou discussão como religião e futebol, coisas q nao se discutem, parei por aqui!
Acho tão engraçado uma "modinha" não atingir nem 15% das mulheres do país...
ExcluirAposto que se a Paula tivesse feito um post pra relatar um parto normal com forceps doloroso, a patrulha seria a mesma: "ai, vc errou a mão, assim vai assustar as outras mulheres". Porfa, né. Agora que ficou engraçado mesmo, com essa de "modinha" e "perder a mão". Hilário.
ExcluirBom . A 4 anos atrás tive minha primeira filha de parto normal, ao contrário de algumas mulheres que tiveram PN ÓTIMO, a minha foi Horrível muito dolorosa tive emorragia no dia seguinte tive que voltar para sala de parto de novo refazer a sutura sem anestesia que foi horrível , o pior de tudo e que minha filha teve que ficar sozinha na cama do hospital pois nao era hora de visitas e nao podia ficar ninguém na sala so as parturientes, minha recuperação foi de 3 meses nao podia sentar que doia muito ,mal conseguia segurar minha filha pois ficava so deitada , tive minha SEGUNDA filha dessa vez de PARTO CESÁREA, que foi ótimo tudo tranquilo meu esposo do meu lado o tempo todo peguei minha filha nos braços dei de mamar logo após sair da sala ,.minha recuperação foi ótima bjs .
ExcluirBom, o post é a MINHA experiência com a MINHA cesárea e eu me senti a vontade o suficiente para fazê-lo. Quem disser que eu "exagerei" está sabe-se lá dels porque achando que eu teria algum motivo para mentir. Tudo o que eu disse com relação a como me senti é EXATAMENTE como me senti. Se isso incomoda vocês que tiveram a cesárea dos sonhos, eu sinto muito, fechar aba.
ResponderExcluirE de coração, tá mals a interpretação de texto por aqui, hein? Como falar em cesárea por opção e necessidade quando mais de OITENTA POR CENTO das mulheres é empurrada para uma sem saber? Eu disse no texto claramente que sem informação não há liberdade de escolha. Se vocês tiveram essas informações TODAS, ABSOLUTAMENTE TODAS e de livre e espontânea vontade OPTARAM pela cesárea é uma coisa. Agora vamos parar de nos iludir? A maioria das mulheres NÃO TEM e ponto.
Muito bonito falar "cada uma é cada uma", "para cada mulher é diferente" quando realmente tivermos a opção. Por enquanto não temos. Somos uma nação cesarista que não respeita as mulheres individualmente, por favor enxerguem isso.
Olá Paula, primeiramente parabenizo pela experiencia compartilhada. Somente isso já é motivo para que você se orgulhe. Sou homem e ainda não tenho filhos. Sinceramente esse é um assunto que me assusta um pouco,não por nao gostar de crianças mas pela responsabilidade que acho que seja ter um bebê. É dificil para mim entender completamente todo esse processo de parir. Acho também que isso se deve ao fato de como nossa sociedade educa as crianças e do papel imposto pela sociedade às mulheres e homens. Sempre achei que as futuras mães decidicem a opção de parto e caso ocorra algum problema, como não ter dilatação ou perder liquido aminiotico por exemplo, no fim da gestação a cesária seria a melhor opção. No entanto lendo seu depoimento penso que deve ter muito médico vagabundo que não quer fazer o parto normal, mesmo sendo possível, por nao querer fazer parto de madrugada ou perder tempo com um parto teoricamente mais demorado. Um absurdo! Em países desenvolvidos o parto normal sempre é o mais executado já que além de ser mais saudável para mãe e bebê em grande parte dos casos é bem mais economico em vários aspectos, principalmente quando pensamos em saúde pública. Bom o fato é que é um assunto muito complicado. Acho que as mamães só conseguiram alcaçar tudo isso depois que muitas outras coisas mudarem na nossa corrupta e ultrapassada sociedade. No entanto essas mudanças só ocorrem graças a pessoas como você que compartilham informações vividas e fomentam a discussão.
ResponderExcluirParabéns!
Nossaaaa! Muito importante pra mim, que ainda não sou mãe, ler esse relato! Todos os que ouvi foram de mulheres que tiveram uma 'ótima' cesarea.
ResponderExcluirEu infelizmente não poderei ter parto natural, pois tenho um problema cardíaco, mas lendo seu relato só aumenta minha vontade de tentar o parto natural!
Adorei o post e o blog, vou te seguir!
Beijos e parabéns!
Patty, quando você for ser mãe tenta procurar bastante coisa antes, talvez mesmo com a cesárea você consiga um atendimento mais humanizado, com o bebê mamando, com demora para cortar o cordão umbilical... acho que é muito difícil, mas poxa, eu imagino que valha muito a pena.
ExcluirSe fosse hoje eu passaria por todos os médicos da cidade até encontrar um que de fato pensasse como eu.
Patty,
ExcluirCuidado com o que afirmam para vc. Se vc. já sabe que tem um problema cardíaco, então procure um cardiologista especializado em gestação (sim, isso existe), pois é possível que a cesárea seja mais arriscada do que o PN em si. Só para a sua informação: eu tive trabalho de parto, mas por razões circunstanciais meu filho acabou nascendo de cesárea. Enquanto eu estava em TP, ninguém ficava monitorando meus batimentos cardíacos nem minha pressão arterial e nem o n ível de oxigênio do meu sangue, após a anestesia fui obrigada a ficar em monitormante constante de todos estes fatores... não podia andar nem sair da cama... e eu tive uma gestação completamente saudável e não tenho nenhum problema cardíaco. Isto me leva a acreditar que a anestesia por si só (que é evitável no PN, mas obviamente não na cesárea) já leva a um risco cardio-respiratório considerável, certo?
Como a Paula salientou: informe-se com quantos médicos cardiologistas, obstetras e anestesistas sobre os riscos de cada situação, não vá acreditando no 1o. médico que disser que a cesárea é a melhor para vc. Infelizmente, no nosso país, as estatísticas nos dão o direito de duvidar dos profissionais da área médica.
Patty,
ExcluirCuidado com o que afirmam para vc. Se vc. já sabe que tem um problema cardíaco, então procure um cardiologista especializado em gestação (sim, isso existe), pois é possível que a cesárea seja mais arriscada do que o PN em si. Só para a sua informação: eu tive trabalho de parto, mas por razões circunstanciais meu filho acabou nascendo de cesárea. Enquanto eu estava em TP, ninguém ficava monitorando meus batimentos cardíacos nem minha pressão arterial e nem o n ível de oxigênio do meu sangue, após a anestesia fui obrigada a ficar em monitormante constante de todos estes fatores... não podia andar nem sair da cama... e eu tive uma gestação completamente saudável e não tenho nenhum problema cardíaco. Isto me leva a acreditar que a anestesia por si só (que é evitável no PN, mas obviamente não na cesárea) já leva a um risco cardio-respiratório considerável, certo?
Como a Paula salientou: informe-se com quantos médicos cardiologistas, obstetras e anestesistas sobre os riscos de cada situação, não vá acreditando no 1o. médico que disser que a cesárea é a melhor para vc. Infelizmente, no nosso país, as estatísticas nos dão o direito de duvidar dos profissionais da área médica.
Verdade, Marcela. A anestesia é uma coisa muito perigosa e ninguém nos fala sobre isso.
ExcluirSuper concordo com a Paula. Existe sim a indústria da cesária. O médico ganha mais, o hospital ganha mais.
ResponderExcluirEu passei por 3 médicos antes de achar uma que se disponibilizasse a fazer um parto normal em mim. Todos os outros 3 queriam já agendar a cesária.
E eu só me neguei pq sou da área da saúde e pq tive informação suficiente para não ter medo do parto normal.
Porque hoje em dia o parto normal é visto como uma regressão ao tempo de nossas bisavós que "sofriam" para ganhar o bebê e depois tinham "queda de bexiga", "perereca alargada"....
Todas sabemos que o importante é o bebê ter saúde. Mas não é só isso que importa não. O estado físico e psicológico da mãe tb conta muito. MUITO.
Paula, sua linda, muito triste seu relato.
Mas serve sim de exemplo para que todas busquem muita informação para poderem decidir de maneira inteligente aquilo que é melhor para cada um.
Um grannnde beijo!
Lindo seu post Mariá... eu te dou todo o apoio para a divulgação de sua experiência pois, como vc msm ressaltou, sem informação, nada feito, não é??
ResponderExcluirÉ engraçado mesmo quando alguém chega chegando aqui e dá uma bronca pcausa do post... seria a msm coisa de alguém achar ruim um post sobre parto normal frank, dizendo que não é bem assim e que o parto dela foi lindo, natural, respeitoso, com doula, parteira e numa casa de parto, por exemplo; ORA ESSA ANÔNIMOS DA VIDA... ESSA É A REALIDADE DA MAIORIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, QUE É OBRIGADA A ENGOLIR UM MAL ATENDIMENTO NO PARTO NORMAL OU UMA CESÁREA DESNECESSÁRIA, sendo desrespeitadas em suas vontades, sem voz, sem vez, sem autonomia.
Mariá, tb to na causa viu!!! Obrigada por partilhar sua experiência. Continuemos na luta pra evitar que mais mulheres sejam desrespeitadas em suas escolhas e desejar td de bom e vai com Deus para aquelas que tiveram sorte (?) em suas cesáreas...
Adorei o post, Paula! Acho legal ver gente se propondo justamente a acabar com a desinformação que existe em torno dessa questão. Só fiquei meio tlixti porque você teve que sofrer e tudo :( Ainda bem que a Rita nasceu saudável e 100% ritalicious e que isso não influenciou na LYMDEZA de vocês <3
ResponderExcluirPaula,
ResponderExcluirAdorei o seu texto, bem escrito e politizado! Muito importante mesmo compreendermos que a cesárea é uma tremenda violência, um exercício de poder sobre o corpo da mulher, uma forma de dominação articulada do capitalismo com o patriarcado. Estou grávida de 6 meses e na maior luta aqui para conseguir encontrar um médico que queira fazer um parto e não uma cirugia. Marília é uma cidade dominada pelo cesarismo mais mercantilizado que você possa imaginar. Não tem doula, não tem marcha do "Parto em Casa", não tem Marcha das Vadias, nada disso. A obstetra me disse uma frase na última conversa tensa que tivemos sobre meu direito ao parto natural (sobre quem vai me acompanhar, em que posição vou fazer e quanto tempo vamos aguardar)que resume muito bem toda essa rede de poder que tenta se impor sobre as mulheres: "O médico é soberano!". Pois eu lhes digo: o corpo, o bebê e o momento são meus!!! Obrigada pelo seu texto! Escreva mais. Vou te acompanhar. Gde abraço e lamento muito pela sua dor! Stela Godoi
Paula, antes de mais nada, concordo que a forma como você foi tratada foi absurda. Mas tenho uma postura um pouco diferente sobre ser a favor de PN ou cesárea. Obviamente, o corpo feminino foi desenhado para o PN, porém vejo a cesárea, assim como o PN com analgesia, como opções que a medicina moderna dá às mulheres. Eu acho que deveríamos lutar não por um tipo ou outro de parto, ou pelo parto em casa ou no hospital, mas sim por um parto humanizado! Acho que o fato de a criança nascer pela vagina ou belo abdômen não significa uma grande diferença no que o parto REALMENTE representa: uma criança veio ao mundo, e uma mulher se tornou mãe naquele momento. Isso é o que realmente importa, e os profissionais de saúde envolvidos nesse momento precisam estar preparados para lidar com a magia que esse momento envolve. Eles precisam ter um preparo diferenciado (assim como o médico que trata pacientes terminais, ou o pediatra), e isso vai fazer toda a diferença, seja no PN ou na cesárea. Eu sempre fui a favor do PN, mesmo com um obstetra "cesarista", que deixou claro que só faria meu parto normal se eu desse sorte de cair no plantão dele; caso contrário, teria com o plantonista. Matei no peito e decidi ter com o plantonista; peguei uma médica excelente, que me internou e foi bem legal, em nenhum momento me aconselhou a fazer cesárea. Eu que, após 24 horas de trabalho de parto e míseros 3cm de dilatação,, entre casa e hospital, tomei a decisão de pedir uma cesárea. E confesso: quando recebi a anestesia, pensei: "porque não pedi antes?", pois as dores estavam muito fortes e eu estava exausta. Mas fiquei com uma boa impressão porque a equipe foi maravilhosa, as enfermeiras super queridas mesmo sob as máscaras cirúrgicas. Foi um momento mágico e lindo. Dois anos depois, quando tive meu segundo filho, primeiramente pensei em fazer o mesmo processo, entrar em trabalho de parto e, se não desse, partiria pra cesárea. Porém a angústia sobre a situação da minha outra filha -com quem ficaria se meu filho nascesse na madrugada etc - enfim, a necessidade que eu senti sobre ter um controle maior da situação me levaram a optar por uma cesárea agendada - o que eu mais condenava há dois anos! Ou seja, cada um tem uma experiência. O importante, o FUNDAMENTAL, é que as mulheres tenham o direito à informação, à escolha de acordo com o seu caso, e a um atendimento humano que leve em conta o quanto esse momento é especial. Tenho 2 amigas que dependeram do sistema público e por isso foram obrigadas a fazer PN, ficaram muitas horas com dor e foram super maltratadas. Uma chegou a ouvir, quando chorava de dor, que "na hora de fazer foi bom...". A outra jura que nunca mais vai ter filho, porque ficou traumatizada. E tem os casos como o da Paula que tornam a cesárea uma experiência fria e pavorosa. Ou seja, tanto o PN quanto a cesárea podem ser bons ou maus, depende de um contexto muito maior. Acho que todas ganharíamos muito se, ao invés de tomar partidos tão rígidos, nos uníssemos em favor da melhoria da informação e do atendimento à gestante como um todo, e ao bebê.
ResponderExcluirGente, a resposta acima é minha, meu nome é Bruna Flores, moro em SC, não sei por que não apareceu o nome, mandei pelo meu gmail, não queria que fosse anônimo. E só complementando: concordo que existe uma "máfia" da cesárea, pelo menos nas clínicas particular de Floripa muitos médicos induzem as pacientes, ou pelo menos não facilitam muito a escolha do PN. No público, pelo que aei, é o contrário, nem que amulher peça fazem cesárea ( o que também não concordo). Abraços!
ExcluirEu que sempre falo que tenho aversão a gravidez, fico muito emocionada quando leio seus relatos sobre maternidade. Desde que vi o primeiro vídeo de parto na água, eu me decidi que caso tivesse umx filhx, escolheria ele. Nunca gostei da ideia da cesárea, sempre vi desse jeito que vc descreveu, como algo "arrancado".
ResponderExcluirA interpretação de texto do pessoal anda bem pobre por aqui. Deve estar sendo bem chato lidar com gente te chamando de mimada por querer protagonizar o nascimento da sua filha. É muito pra se pedir, né? Enfim, concordo plenamente com você; seu sofrimento é nosso também. Parabéns (mais uma vez) pela coragem de expor algo tão íntimo aqui (:
Seu texto foi maravilhoso! Infelizmente os medicos forçam a cesarea porque eles ganham mais dinheiro dessa forma. Triste, mas verdade.
ResponderExcluirEsse trecho me resume : Quando a pediatra a pegou e me mostrou, eu não via a minha filha ali. Eu via um pedaço de mim. E quando digo um pedaço é como um pulmão, uma perna, algo que me foi arrancado e que eu queria de volta. Eu me senti completamente mutilada, invadida, violada. E eu chorei. E não, não foi choro de alegria ou de emoção. Eu chorei de tristeza. Chorei a dor de quem acabou de ser violentada e sabe que agora nada mais pode ser feito, nada vai trazer de volta o momento em que aquilo não tinha acontecido.
ResponderExcluirMUITO DIFICIL UMA CESAREA DESNECESSÁRIA E POR VOLTA DE INFORMAÇÃO E ATIVISMO. HOJE ESTOU GESTANTE NOVAMENTE, DE 13 SEMANAS. VOU LUTAR PELO MEU PN E COM MENOS DE 2 ANOS DE UMA CESAREA
seu relato é absolutamente LINDO. eu fiz as pazes com a minha (desne)cesárea porque olhei pra família e vi que o histórico de partos complicados talvez se repetisse e aí enfim, optei de última hora e abraço. mas de fato, é uma mutilação, falta um pedaço de algo que não se completou. falta informação, estatísticas confiáveis, sobra sarcasmo e abuso por parte do médico e equipe hospitalar - particular. às vezes me pergunto se não teria sido mais simples no público. lindo te ler, moça, escreva sempre. :)
ResponderExcluirEu não tenho muito o que falar pq não tenho experiência do tipo, mas fico tão sentida em saber que um momento tão especial não pode ser curtido em sua plenitude por uma opção que deveria ter sido sua, mas não foi permitida.
ResponderExcluirFora isso, tenho que dizer que cliquei no link e, embora doloroso de asssitir, achei muito bonito o parto em casa da Sabrina. Mas posso fazer um comentário reaça chata? Me incomodou um pouco ver em "vídeos relacionados" coisas sobre sexo.
Não que sexo seja ruim ou não natural, não é isso. Mas parto normal não é sexo. Parto normal não tem relação nenhuma com vídeo de sexo anal.
Me incomoda um pouco todo o vídeo que tenha uma mulher despida, independente do contexto, seja ele o nascimento, a amamentação ou um protesto, qualquer que seja o contexto, o corpo feminino despido sempre será relacionado a sexo.
Fugi do tópico, desculpa, é que eu precisava falar isso :)
É bárbaro como pessoas que não fazem menção de como funciona o organismo de um feto/recém-nascido e obviamente de uma gestante ficam brigando nesses espaços. Parto em casa? Estamos em 2012, não na época feudal, se hoje se tem o recurso de fazer algo seguro num hospital com todo aparato, para que se arriscar em casa? Procure um hospital-maternidade que possua estrutura para acolher a parturiente, o marido, o cachorro, a sogra e penduricalhos que te deixam feliz, mas não coloque em risco a vida do feto. Estão se atendo pelas estatísticas dos 15% mas se esquecem que esse preconizado é do século passado onde a taxa de mortalidade infantil e nascituros era simplesmente de seis vezes mais que as de hoje e as incidências de males relacionados com o parto é de 8 vezes maior que se tem hoje, também a mulher era mais ligada ao lar, tinha idade gestacional acima dos 40 anos de idade, as mesmas tinham cinco, oito, doze filhos; hoje se tem um ou dois. Não sabem vocês que se o feto passar de seu tempo intrauterino, se ele nascer vivo, a incidência de paralisia cerebral por hipóxia é de 98%, e se acontecer de haver circular de cordão -é quando o cordão umbilical "laça" o pescoço do feto- que é totalmente normal de se encontrar, visto que o feto está vivo e se movimentando no interior útero, o que fazer? Transferir a cliente para um hospital ou chamar o curandeiro para benzer? Quanto à pessoa que realizou esse post não deve ter a informação de que um feto possui seu prazo de segurança para nascer entre 38 a 42 semanas, fora isso são achados que ocorrem com sucesso ou não. A idade gestacional vista por ultrassonografia possui suas margens de erros, sendo assim você, de acordo com suas informações, estava na 41º semana de gestação, acredito que sua CESARIANA PODE NÃO TER SIDO PROGRAMADA, PORÉM, iria dizer NECESSÁRIA, mas, irei me retratar que ela deve ter sido INDISPENSÁVEL, TALVEZ NÃO PARA VOCÊ, MAS PARA O FETO/RECÉM NASCIDO; quanto a lhe tirar o r.n. de perto de você logo após seu nascimento, é para o medir, pesar, aspirar vias aéreas, examinar se o mesmo possui orifícios como por exemplo nasal, oral, auricular, anal, vaginal, se os mesmos não são rotos, entende? Ao assunto de lhe "costurarem por duas horas", posso lhe dizer que você pode ter tido sangramentos, e os mesmos precisam ser cauterizados para que você não venha a falecer de choque hipovolêmico ou outros problemas, e ainda com seu útero aberto, antes de iniciar o fechamento com suturas, precisa acontecer a dequitação que é a expulsão -não arrancamento, entendeu?- de toda placenta, e isso depende de cada organismo, você pode ter demorado um pouco mais que o de costume, se a dequitação não ocorrer, você pode no mínimo, ficará estéril, ao caso do pessoal estar de máscara, toucas e roupagem próprias é justamente velando por sua saúde, evitando contaminação de sua incisão cirúrgica, que se infeccionar, poderia levá-la à sepse e morte.
ResponderExcluirContinuando, vocês ativistas sabiam que o coração do recém-nascido precisa se adequar ao abiente externo do corpo humano da mãe assim como todo seu sistema circulatório e também pulmonar e tudo isso tem que acontecer em pouco tempo -primeiros instantes de sua vida- ? Se for necessário intervenção vamos fazer o quê, chamar o SAMU? Por favor, deixem de novelinha e pensem na vida que chega, É DE MUITO EGOÍSMO ACHAR QUE O MOMENTO DO PARTO É DA MÃE OU DA FAMÍLIA, A PRIORIDADE É A SAÚDE DA PARTURIENTE E DO FILHO QUE VEM, O MOMENTO É DELES COM O MÁXIMO DE SEGURANÇA, não façam desse evento lindo da vida um embróglio que pode lhe trazerem consequências pro resto da vida, para vocês e principalmente para vida que "começa" ali, se é que vocês a darão oportunidade para isso. Como profissional da saúde e amante da vida e de salvá-las, do fundo de meu coração, desejo que relevem intercorrências e atentem-se ao nascimento assistido devidamente, nada de casa, fazenda, shopping, piscina do clube e afins, procurem maternidades com aporte, idôneas, com profissionais respeitados, quanto ao parto vaginal, sou 100% a favor, porém nas condições em que acabei de mencionar.
ResponderExcluirAham, pode crer, tá manjando muito.
ExcluirPaula, percebi o "ar" de cinismo em sua resposta, não quis ser rude nem o dono da palavra, estou a 2000 km de você certamente, só te reafirmo que a segurança da parturiente e do feto/bebê precisam ser sempre a prioridade, tenho certeza que seu filho nasceu saudável e lhe traz muitas felicidades, curta isso, esse precisa ser seu foco, veja pelo lado bom, que se intervenção cirúrgica foi consolidada, foi para resolver seu parto e lhe dar esse presente -filho . Os constituintes desse assunto vão muito além de ativismo ignorante que condena os fins sem ter conhecimento dos meios, dos por quês; a mulher achar que tem direito sobre seu corpo, ela tem sim, porém deve-se listar prioridades e no puerpério, e entre tantas, a prioridade master, como já escrevi, é da parturiente e do feto/recém-nascido, parto vaginal ou cesária são detalhes que não cabem nem a você e nem a nós, profissionais de saúde decidir, a não ser que a opção seja a cesariana já no pré-natal, podemos programar, parto vaginal ocorre da sincronia do feto com o corpo da mãe, o que na atualidade não tem sido visto com frequencia. Obrigado.
ExcluirSeria realmente estranho se você não percebesse isso, meu caro.
ExcluirNão quis responder seu argumento porque ele está LOTADO de pontos absolutamente falhos. De mitos e de clássicas justificativas da medicina masculina mecanizada moderna. A qual não considera nenhum outro tipo de conhecimento como válido.
Caso você não tenha entendido eu repito: No meu caso específico NÃO, a cesárea NÃO foi necessária. Foi falta de informação, apoio e conhecimento, assim como a da maioria das mulheres do país. Pare de ignorar esse fato, obrigada.
Mas quem te assegura que não foi? Curta seu presente e deixe de comprar ideologias! Se tem julgado como desnecessária sua cesariana, isso já é caso de justiça, o hospital em que foi realizada sua cirurgia tem todos suas evoluções pré e pós cirúrgicas suas, procure um advogado! Mesmo assim te deixo endereços eletrônicos aos casos de demora na execução de um parto tardio. Assista a alguns vídeos e pondere suas prerrogativas, isso é muito sério!
Excluirhttp://www.youtube.com/watch?NR=1&v=6edymMOvwjU&feature=endscreen
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=uzShwTPhnI8&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=2YCWSNzm9pQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=oFAMdDVEsCo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=lDRlv2ldTLo&feature=fvwrel
http://www.youtube.com/watch?v=3sWKcRNOCB4&feature=related
"Curta seu presente e deixe de comprar ideologias" em resumo: Cale-se, pare de reclamar e não se importe com a cultura que te oprimiu e que vai continuar oprimindo várias outras mulheres todos os dias.
ExcluirAnônimo, por que você trata a Paula como se ela tivesse cega? Por que você a trata como se ela não soubesse nada sobre o que pensa? Por que você diz que ela deve se calar e curtir a filha dela? Como se ela não tivesse direito de tecer as opiniões, bem embasadas e bem pesquisadas dela. É porque você não valoriza opiniões, experiências e a voz de mulheres.
ExcluirA Paula viveu uma situação que a revoltou e revolta muitas mulheres, e ela pode falar sobre isso. Ela está falando da experiência dela e ela não deve se calar. PARE DE TENTAR CALAR MULHERES.
É Thaís, você não entendeu, quem instruiu que calasse foi a Paula a mim e não eu a ela, do mesmo modo não deve ter lido e compreendido o que escrevi antes, muito menos você e a Paula devem ter assistido aos vídeos que indiquei, porém vou ficando por aqui porque não vim para brigar nem me mostrar como irredutível quanto a opiniões, sou e estarei sempre estudando elas, a propósito, a minha questão a escrever nesse espaço é simplesmente com a preocupação com a parturiente e feto/neonato, só isso, em sucinta, falei à respeito dos riscos de um parto em casa e das sequelas irreparáveis de um nascimento pós-maturo, mas parece que vocês estão mais envolvidas com o show do que com os artistas - pelo menos é o que tem sido demosntrado até o momento. Quando se opta por um parto em casa, em minha opinião, desculpe a expressão, mas é uma atitude egoísta - show -, não levando em conta os riscos, pois, por mais que digam que o parto não apresente riscos, ele sempre os terá, pensem em consequencias para o filho - artista. Continuem nessa briga e quando puérperas, se tiver complicações -que não são irrisórias as chances-, nós, profissionais da saúde, estaremos de braços abertos para realizar o parto de vocês, seja ele vaginal ou por cesariana, decidiremos o melhor e mais seguro na hora, agora, se o neonato vier com problemas relacionados com o parto sem assistência médica e hospitalar, esses, começados em casa, sabem, joguem para cima do profissional que as atender, o processem, ganhem um bom dinheiro e culpem ele por todas suas frustrações, é bem típico de quem tem opiniões fortes como vocês. É por isso que possuo certa desconfiança por tais como ativismo, ----------ismo, marchas a favor ou contra algo, porque, na verdade isso tudo está visando uma classe e não o coletivo, seus próprios detalhes, pondo em risco a própria vida e, nesse contexto, a do filho tão esperado.
ResponderExcluirAnônimo contra-ativismo, presta atenção.
ExcluirChamar alguém de egoísta por querer autonomia em seu parto é machismo da sua parte, é querer calar as vontades das mulheres e suas experiências. É supor que a sua visão de mundo é melhor do que a do outro.
Outra coisa, há diversos profissionais de saúde que apoiam o "parto em casa", em casos de gravidez tranquila. E eles fazem isso se baseando em estudos, pesquisas e afins. Há diversas organizações no mundo que defendem o acesso às informações, um possível parto em casa e a não banalização da cesariana, será que todas essas organizações são umas irresponsáveis que pregam o egoísmo? Ou são simplesmente organizações de mães que contam suas experiências, buscam formas de melhorar a saúde reprodutivas das mulheres e querem ser ouvidas?
Você usa da má fé ao supor que quem luta pelos direitos das mulheres de serem donas de si e terem UM VERDADEIRO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES, luta para que todo mundo faça só partos em casa. Mesmo em casos de gravidez de risco. A gente é a favor da escolha e de um real acesso às informações pra que a escolha seja baseada. Você fala como se fôssemos contra o acompanhamento médico e afins. Enfim, você desvirtua o assunto a fim de chamar mulheres de egoístas por serem donas do próprio corpo e das próprias decisões. Nenhuma mulher tem que se calar a respeito dos abusos que sofreu, seja na rua, na família ou no hospital. Há diversos relatos que mostram como os médicos não estão preparados pra lidar com a situações, ofendem as mulheres, inclusive falando coisas como "na hora de fazer foi bom". Aqui mesmo houve vários comentários abusivos, como o seu falando de egoísmo e pessoas falando que agora a Paula tem é que curtir a filha e parar de reclamar. (Amostras de machismo e de tentativas diversas de calar mulheres). E há também diversos relatos de mulheres que se sentiram mal informadas e se arrependeram do parto escolhido por conta dessa negligência.
Colega, PARE, não tá bonito. Tá é feio demais você calando mulheres porque te revolta a possibilidade de mulheres escolherem, serem donas de si.
E olha, falar que "-------ismo" mostra que além de arrogante, você é um desinformado que além de achar que pode meter o bedelho nas decisões das mulheres a respeito do próprio parto, você se acha capaz de opinar a respeito de um assunto claramente desconhecido para você e criticar o ativismo do outro, como se você soubesse o que é melhor para mulheres.
anônimo, pare de nos oprimir!
ExcluirThaís, primeiramente quando se fala em parto, não se fala de corpo da mulher e de sua autonomia, estamos falando de uma escolha, não como a de um implante de silicone, uma lipoaspiração, uma correção nasal que quem decide e se beneficia exclusivamente do mesmo é a própria operada, o parto é um procedimento onde você está escolhendo o futuro seu e de seu filho, entende, não quero calar ninguém. a propósito, essa sua agressividade é que está feia demais. Na boa, antes de escrever algo, pelo menos reflita. Quem tem se mostrado contra algo declaradamente é você quando se refere a machismo, e isso para quê? Homens possuem seus papéis e as mulheres possuem os seus e se completam, vamos cada um desempenhá-los com brilhantismo e deixar essa discussão de quem é melhor, essa disputa pobre, que coisa infantil!
Excluir"Homens possuem seus papéis e as mulheres possuem os seus e se completam". Depois não quer ser chamado de machista, pfvr.
ExcluirAnônimo, se você acha que homens possuem seus papéis e as mulheres possuem os delas, você pode apertar o botão pra fechar essa página porque você é machista.
ExcluirE ainda acha que tá fazendo o favor de "iluminar" nossas mentes.
Quanta ignorância!!!!!!!!! Tudo é feito então só por homens ou tudo é feito só por mulheres? Me desculpem, mas não dá!
ExcluirBoa tarde, peço desculpas por algo que possa ter escrito que não fora do agrado de vocês, é que pensei que houvesse um tom de democracia em blog's quanto a discussões de temas valiosíssimos, porém, encontrei neste uma agressividade incomensurável quando se tenta apresentar uma alternativa que seja contrária a que foi proposta pela editora, mesmo que seja ela real e de consequências irreparáveis. Minha questão continua sendo a preocupação justamente com vocês mulheres, eu não dou à luz, apenas atendo acidentados, parturientes, deficientes, queimados, infartados..., opero-lhes quando necessário, atendo também, crianças com sequelas de hipóxia cerebral, com paralisias funcionais e retardos intelectuais, vejo a dor da mamãe, da vovó, do papai que levam essas crianças para tratamentos, algumas dessas crianças nem falam, praticamente vegetam, e, talvez, esses pequeninos serão adultos - pois nem todos sobrevivem além da adolescência -, mas sempre alguém terá de resolver tudo aos tais, isso é muito, mas, muito doloroso, talvez se vocês tivessem um caso parecido intrafamiliar, pensariam um pouco mais. Vocês ainda acham que escrevo para oprimí-las? Que minha visão é machista? Sou muito bem casado, tenho uma família perfeita, já basta-me todos os males do dia a dia, acham que estou aqui a irritá-las? Ficam a postar "pare de nos oprimir", por favor, vou fazer o bem aos necessitados, e parar de postar em locais onde o assunto principal não pode ser contrariado. Amo a vida e amo salvá-las, e muitas. Obrigado.
ResponderExcluirIgnorou TODA a resposta da Thaís e fixou-se apenas no fato de ela tê-lo chamado de machista. Sim, foi machista e opressor. Ninguém aqui está defendendo que o parto seja SEMPRE em casa, defendemos o acesso à informação e a liberdade de escolha baseada nessas informações. Nós e a OMS defendemos isso. Sinta-se convidado a voltar se assim desejar, mas saiba que aqui nós ouvimos opiniões em contrário quando elas não são ofensivas, quando são fazemos questão de não sermos simpáticas. Esse espaço não está aberto a quem não quer debater, apenas nos oprimir ainda mais. Não aceitamos opressão, mesmo que disfarçada sob a égide do "é para o seu bem, coitadinhas, não sabem o que falam".
ExcluirMais uma coisa. Ter família e ser pai não significa que você não reproduza machismo. Quem me dera as coisas fossem assim tão simples.
ExcluirAnônimo, saiba que estou me controlando para não excluir absolutamente todos os seus comentários. Não existe porra de "democracia" nenhuma no fato de você chegar aqui no MEU texto, falando sobre a MINHA dor, a MINHA história e pedindo liberdade e informação para as mulheres com seu homoexplicanismo, seu discurso recheado de privilégio masculino que sempre acha que sabe mais do que as mulheres, mesmo sobre algo que ELAS passaram. Você chega a querer determinar nossos sentimentos "sinta-se feliz por estar com seu filho, não se prenda a bandeiras", pois eu sinto te informar que EU vou ME sentir e vou dizer e fazer o que EU achar melhor SEMPRE. Não o que VOCÊ quiser me determinar. VOCÊ ESTAVA LÁ? ACHO QUE NÃO, EU ESTAVA! E mesmo assim você fala como se soubesse melhor sobre a minha cirurgia do que EU MESMA. Se isso não é opressão, não sei o que é. Mais um comentário seu querendo calar as mulheres e eu deleto TODOS. Não somos obrigadas a aguentar ATÉ AQUI homem querendo nos mostrar o caminho, como se não soubéssemos falar por nós mesmas.
ExcluirÉ exatamente porque existem profissionais da saúde que não respeitam as mulheres que lutamos por mais informação. Não sei qual a sua especialização, mas você jamais seria meu obstetra. Se não respeita as minhas escolhas, não me respeita at all.
ExcluirAnônimo "da saúde", pare de tentar provar seu ponto para nós mulheres, com papéis tão inferiores ao papéis masculinos, tão pouco brilhantes e infantis, e vai convencer a OMS. BEIJOS.
ExcluirPOis bem eu e meu irmão nascemos de cesariana e eu estou até muito feliz que a minha mãe teve um parto tranquilo e ela amou meu nascimento
ResponderExcluir. Eu pessoalmente prefiro a cesárea, sem dúvidas, mas depois de ver mais de 100 partos naturais eu escolhi foi isso para mim :D. Mas defendo solenimente que toda a mulher deva ter seu direito de ter o PN! com uma boa equipe médica :D. A respeito do parto em casa eu não apoio porque pode dar muita coisa errada, mas, a gestante que escolha o que ela acha melhor :D
adoro o site de vcs!
sarah
Bom, seria mais seguro um parto com um profissional da saúde ao lado, certo? eu acho perigoso um parto na banheira em casa sem um médico. Mas se alguma mulher quer isso, eu respeito sua decisão.
ResponderExcluirSarah, esse é o grande erro: Achar que doulas, parteiras, enfermeiras e obstetras que acompanham o parto domiciliar não são "profissionais da saúde". São sim e são extremamente capacitados. Apenas não são cirurgiões como os cesaristas (que geralmente estão focados apenas nessa área, portanto se o objetivo é ter um PARTO não, não é mais seguro).
ExcluirFalo sobre isso também aqui: http://ativismodesofa.blogspot.com.br/2012/08/cientifique-se-humana.html
são mesmo, concordo com vc, digo em caso de alguma emergência e a mulher não estar no hospital é mais perigoso, não?
ExcluirMuito legal seu texto! Ou seu relato.
ResponderExcluirHá sim o mercado de cesareas!!
Sempre quis PN, até ir para o hospital com 4 cm de dilatação, e lá a médica começou a me pressionar falando q se eu escolhesse normal eu poderia ter ganho com qualquer médico q estivesse disponível (porque no particular são poucos G.O disponíveis, diferente do publico). Imagine eu ganhando bebê com um ortopedista??? kkkkkkkkkk (é realmente de rir).
E então sai da sala super em dúvida (até pq não tinha medo da cirurgia e sim da anestesia, da agulha rs) se eu fosse escolher cesarea eu já seria a proxima caso contrário teria que ficar lá sentindo dor (sim era hospital particular super conhecido que faz parte de uma super rede). E então escolhi pela cesare, já estava sentindo mtas dores, contrações de dois em dois minutos, não dava mais tempo de correr pra um hospital publico (já que eles sim fazem parto normal). E então fiz, foi MARAVILHOSO graças a Deus tirando uma cefaleia pós raqui que tive, mas tirando isso rapidinho me recuperei, e na cesarea descobri que meu utero é fino e poderia ter se rompido com um PN, a GO fez um relatório para que meu Gineco avaliasse. E te digo NÃO SEI se encararia um parto normal não rs. Diante as contrações me senti frouxa rs e meu medo era q a cesarea fosse pior que as contrações, mas graças a Deus não foi. Por experiencia propria eu aconselho a todas q me perguntam. É muito bom pra qm pode escolher, é muito bom se sentir realizada independente da tecnica usada! Não é o seu caso, mas há aqueles bitolados em PN e PC. Acho q o importante é o momento, seja ele como for, o PC da minha cunhada foi maravilhoso também, ela desde do primeiro mes conheceu toda a equipe então ficou super familiarizada com eles, e não foi nada traumático, e depois de 11 meses passou por outra cesarea que novamente foi super tranquila. Então realmente vai de cada uma.
Ah usei o anonimo pq fiquei com preguiça de fazer cadastro rsrs
Olá usei o "anônimo" mas me chamo Cris Bottaro, desde domingo nos blogs foi postado muita coisa sobre a Violência de Gênero, e é claro a Violência Obstétrica está dentro.... e foi assim, um blog leva a outro que conheci este, e a partir de agora podes contar com mais uma leitora.
ResponderExcluirBem quanto ao tema gostaria de dizer que foi inaceitável não te darem a opção, e que isso infelizmente é muito mais comum do que se pensa, e temos sim que botar a "boca no trombone".
Gostaria de dar o meu relato, sinto muita raiva pelo que me fizeram...tenho 38 anos e dois filhos um de 20 e um de 18...então bem talvez o que aconteceu comigo já tenha mudado, assim espero, fui vitima de violência obstétrica sim, e das 7 mulheres na minha família 5 sofreram violência obstétrica,1 sofreu negligência por parte dos profissionais (tivemos que conseguir uma autorização judicial para transferi-la para um hospital com UTI neonatal), e para a outra eu ainda não perguntei.... Horrível, né?
Todas nós tivemos nossos filhos na rede pública, e no meu caso eu queria sim uma cesárea, e não tive, e tive que percorrer o calvário até o fim, sem anestesia, sem ninguém em quem confiasse ao meu lado...foi tudo tão horrível, meu pensamento fugia por conta da dor, e tinha momentos em que eu me forçava a voltar a realidade....parece que eu estava "apagando", eassim eu sofri por quase 20 horas, e no meio de tudo isso, como eu tinha 17 anos tive que aguentar uma assistente social com uma prancheta na mão me fazendo perguntas do tipo: "Sua residência é de alvenaria ou madeira? Tem instalação sanitária?...."
O medo que eu tive que eles levassem o meu filho de mim.... a palavra horrível não é o suficiente para descrever a maneira como me trataram.... Não poderiam ter me feito essas perguntas durante o pré natal? Sim, mesmo sendo adolescente eu fiz todo o pré natal, era sim responsável! Quando meu filho nasceu, não foi nada como eu imaginava, me sentia completamente tonta e com a visão "borrada" não enxerguei ele direito, as vozes parece que vinham de longe, eu não consegui chorar de emoção, mas de dor e medo... e também senti que tiraram um pedaço de mim... e por falar em tirar pedaço.... a expulsão da placenta foi horrível, e os pontos? Um inferno!!! Não era assim que era para ser.... Acredito que mesmo sendo adolescente, eu conhecia meus limites de dor, e se eu dizia que não estava aguentando, bom eu não estava mesmo... gostaria de ter sido ouvida, de que minhas palavras tivessem sido levadas a sério... e da mesma forma que aconteceu contigo, eu também não era mais dona do meu corpo naquele momento..., a tua vontade não foi atendida a minha também não... Não aceito que outra pessoa decida sobre a dor que eu sinto, era eu que sentia...
Fiquei tão traumatizada que quando engravidei novamente passei toda a gravidez chorando escondida, conseguiram "estragar" outro momento da minha vida, não conseguia curtir minha segunda gestação... sim, eu chorava escondida pois não tinha ninguém com quem conversar, pois quando eu tentava falar, tudo o que eu ouvia era: "parto é assim mesmo... fazer foi bom...não adianta fazer fiasco, senão eles não te atendem direito...as mulheres que gritam eles não atendem...dor de parto é a única que se esquece...", bem, eu não esqueci o que posso dizer é que transformaram momentos que eram para terem sidos lindos, em algo torturante.... Infelizmente, aconselho a todas as mulheres que conheço a fazerem uma cesárea... errado???? Não, é só minha opinião, baseada na minha horrível experiência... Não posso nem pensar que outras mulheres passem pelo que passei... e também não deveriam passar pelo que tu passou, ou pelo que minhas familiares passaram... gostaria de que tivesse sido diferente.... para mim, para ti... Se ao menos tivessem nos ouvido...
Espero que com todas nós relatando experiência traumáticas comecem a nos escutar...
Um beijo em teu coração e força na luta.
Eu acho que o pn não é melhor que a cesárea e nem a cesárea melhor que o pn, a mulher que deve decidir o que ela quer, e ser bem atendida em qualquer caso.
ExcluirNão aceitaremos mais qualquer comentário que culpe a mulher por ter sofrido violência obstetrícia ou que diga que ela é culpada por não ter "buscado informações" sobre o parto ou qualquer coisa do tipo que coloque o sofrimento da mulher como um "foi sua culpa, agora aguenta".
ResponderExcluirTambém me senti assim, meio estranha com a cesárea com 36 semanas que já havia sinto condição imposta pelo médico desde 9 semanas. Aff, se arrependimento matasse!!!
ResponderExcluirTive 3 filhos de parto normal, sendo que 2 deles chamo de anormal (hospital publico bom , porém, médico péssimo...), sofri horas sem assistência, só visitinha de vez em quando, meu bebês nascem na faixa dos 4 kg.Foi muuuito difícil.
ResponderExcluirRecentemente tive uma gravidez ectópica, fiz uma cesárea (medico excelente) pra retirada do saco gestacional, não senti dores mas achei horrível.
Mesmo com meu histórico de parto, agora tendo a experiência de uma Cesária, posso afirmar o quanto o parto normal é gratificante , desde que seja humanizado, mesmo que seja em hospital.
Muito interessante seu texto, mas um tanto relapso quanto alguns dados. A humanidade mudou muito nos últimos séculos e nossa biologia também. Antes, quando o parto vaginal era a única opção e a assistência neonatal ainda nem existia, as mulheres engravidavam constantemente (menstruar era raro), morriam antes dos 40 anos, e a mortalidade infantil e materna eram altíssimas até bem pouco tempo atrás, especialmente a mortalidade infantil perinatal.
ResponderExcluirSou totalmente a favor do parto vaginal, mas deve-se sim, ter muito cuidado com relação à indicação correta para qualquer um dos dois tipos. Um parto normal mal indicado, pode trazer consequências graves e irreversíveis para o recém-nascido, enquanto a cesárea está relacionada a maior risco materno (é uma cirurgia, e como tal, tem seus riscos) e retardo na formação do vínculo mãe e bebê. Logo, a indicação precisa da cesárea é essencial para salvar a vida, ou funções neurológicas de vários recém-nascidos. Concordo que tem havido um aumento absurdo nas indicações de cesárea, com cirurgias pré agendadas ainda no início do acompanhamento pré-natal (para maior conforto da equipe assistencial, assim evitam-se os chamados do fim de semana ou da madrugada).
Mas o que mais me assusta é radicalismo de algumas pessoas com relação ao parto domiciliar. o que parece extremamente natural, bonito e romântico, pode se tornar um pesadelo para toda a vida. É importante que haja uma boa equipe de assistência, indicação precisa; mas também são necessários equipamentos para a recepção adequada do bebê, na maioria das vezes impossíveis de se levar para o domicilio. O atraso no atendimento ao recém-nascido pode trazer sequelas permanentes para a criança (neurológicas ou motoras) e o atraso do atendimento de alguma intercorrênica materna pode levar a sua morte.
O parto normal, apesar de natural, é um evento passível de muitas complicações maternas e neonatais e deve ser feito em um ambiente que propicie o pronto atendimento adequado de mãe e bebê sem esquecer-se da humanização. Nenhum radicalismo é benéfico.
Renata, uma gravidez com acompanhamento médico, sem qualquer problema ou complicação, com pré natal bem feito e um bom planejamento é super possível que o parto seja domiciliar e quem diz isso não é só ativistas pelo parto em casa e humanitário, mas vários médicos.
ExcluirÉ claro que é uma minoria que pode optar pelo parto domiciliar com segurança, que terá o acompanhamento médico nesse momento e a aprovação médica garantindo que há poucas chances de haver qualquer complicação. Eu acredito que o ativismo pelo parto humanizado deve se focar mais em levar esse lado humanizado para os hospitais e em denunciar a violência obstetrícia, porque a maioria das mulheres não tem condições financeiras e nem de saúde pra optar por um parto domiciliar.
Gosto muito desses textos aqui:
http://blogueirasnegras.org/2013/10/04/parto-humanizado-sus/
http://blogueirasnegras.org/2013/08/12/negra-gravida/
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ResponderExcluirolha tenho duas cesarias... pra mim infelizmente nao existe parto normal ou parto humanizado... o que eu vejo por aqui são partos desumanos, onde usam ocitocina sintetica pra forçar um parto normal, puxam a criança lá de dentro, empurram mesmo antes da mae ter a dilatação necessaria, time is money, infelizmente!!!!!!!!! agora deixo claro que se o sistema fosse humanitario talvez eu ate tivessse tentado um parto normal, se eu tivesse condiçoes financeiras de ter um parto em casa com uma doula especializada, um espaço totalmente aséptico e tranquilo para meus filhos nascerem, teria tido parto normal... mas infelizmente os partos de hoje em dia sao qualquer coisa menos partos normail... quanto ao sentimento maternal... o meu bb saiu da barriga (cesaria) direto pro meu peito e mamou mamou mamou enquanto eu olhava apaixonada e perdida por aquele serzinho que cresceu dentro de mim e que agora era parte de mim mesmo era meu coração, meu coração que batia fora do meu corpo... e ate hoje bate!!!!!
ResponderExcluirdeviamos fazer uma campanha para criarem mais clinicas humanitarias onde a mãezinha pudesse ter seu bebe com segurança, cercada de amor e nao de frases do tipo... nao abriu as pernas pra fazer agora abre pra sair pra fora... ou na hora de fazr tu gostou ne... ou ainda faz força porque senao teu bebe vai morrer e a cupa vai ser tua... TUDO que uma mãe precisa ouvir neste momento mágico não é mesmo???
Meu sonho de parto normal foi arrancado de mim devido complicações da pré-eclâmpsia no dia 19 de junho. Me vi no seu relato, mas a cesariana foi a única saída. Apesar de estar viva e meu bebê prematuro tbm, não consigo estar feliz, choro todos os dias, não sou ingrata, apenas sou uma mãe q não viveu um momento especial. Sinto inveja de quem pode vivenciar esse momento, nos 23 dias q passei no hospital senti inveja de cada mãe q teve seu filho de parto normal...é uma dor q está em minha almA.
ResponderExcluirLamento flor . Deve ser triste perder este momento único da vida de uma mulher . Eu tive minha filhinha há dez anos atráz de PN em hospital publico . O hospital daqui embora seja publico tem atendimento excelente . Um quarto po paciente . acompanhamento do pai e não fazem episiostomia (corte na vagina) . Minha florzinha nasceu forte e saudavel e dei de mamar ainda com o cordão umbilical . A danadinha parecia faminta rs . Uma hora depois fui tomar banho e não tive hemorragia , nem dificuldade de sentar . Correu tudo bem com nós duas . Mas minha irmã fez no particular cesarea e quase morreu . Teve trombose e na hora da anestesia entrou em parada cardiaca . Ela diz queacordou com um desfibrilador em cima dela e o bloco cirurgico cheio de medicos , se queixa de dor crônica na regiao do corte . Sou Josilene moro em Curvelo MG .o hospital publico daqui é Imaculada Conceiçao . Não estou aqui pra criticar a forma de nossos bebês vir ao mundo . Acho que o parto normal e acesárea só se tornam perigosos por causa do despreparo de profissionais . E também pela falta de estrutura tambem . A falta de informaçao realmente leva algumas mulheres a não ter opção de escolher . São empurradas para algo que muitas vezes elas nem querem . Acho que parto normal ou cesarea deve ser escolha da mulher sem manipulá-la .
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