quarta-feira, 29 de maio de 2013

Amor à vida do feto e a má fé para tratar do tema do aborto.

Novelas, livros, filmes e afins demonstram a ideologia do autor de diversas formas e inclusive muitas vezes obras de ficção são utilizadas para mostrar certos pensamentos e difundi-los. Uma cena da novela "Amor à vida" que foi transmitida no dia 28 de maio tratou do aborto como se fosse uma mera irresponsabilidade dos pais e inclusive utilizou da má fé em diversos argumentos. Apesar de ser apenas uma cena de novela, foi um desserviço enorme para a luta da descriminalização/legalização do aborto e desconstruir o que foi falado é importante para tentar minimizar o alcance dos mitos que foram difundidos ali. 

O personagem de Antônio Fagundes afirmou que o aborto mal feito é a terceira causa de morte materna no Brasil, como forma de dissuadir a mulher de tentar abortar. O uso dessa estatística como forma de dissuasão apenas é de uma má fé tremenda, porque ignora o motivo dessas mortes maternas existir, que é justamente o fato do aborto ser criminalizado e isso não impedir que mulheres busquem abortar e morrer por complicações. (E no caso, as principais vítimas dessas mortes maternas são mulheres negras e pobres). A precariedade dos direitos reprodutivos das mulheres no Brasil é justamente o que faz com que as mortes maternas ocasionadas pelo aborto mal feito sejam tantas, por isso se luta pelo direito ao aborto seguro para todas as mulheres, além da educação sexual e da distribuição de métodos contraceptivos e afins. 

Outra coisa bem criticável da cena é o médico se referir ao feto/embrião sempre como criança, o que é uma forma de colocar a mulher que aborta ou quer abortar como um monstro. Crianças e bebês são seres humanos já nascidos, enquanto feto é o estágio de desenvolvimento intra-uterino que leva esse nome só após oito semanas de vida embrionária. E embrião é o nome dado a fase anterior ao feto, ou seja, antes das oito semanas. 

Frases como "Você mesmo criou essa situação" que resumem a questão apenas a "Você foi irresponsável, agora lide com isso" são extremamente cruéis por ignorar que métodos contraceptivos tem chance de falhar e que infelizmente, muitas pessoas ainda não tem acesso a educação sexual de qualidade e a anticoncepcionais e médicos. Além de colocar o fruto dessa gravidez indesejada como uma punição pela irresponsabilidade. Filhos não são uma punição, encarar essa questão dessa forma, é objetificar uma pessoa já nascida, instrumentalizá-la para que a mãe daquela pessoa "aprenda". 

É necessário acrescentar que a pessoa que é punida pela sociedade caso aborte ou opte por não fazê-lo é a mulher, tanto a mulher que aborta, quanto a mãe solteira, são vítimas de constantes julgamentos, sendo que filhos não são feitos sozinhos. E o pai? Ele raramente é visto como irresponsável e só é lembrado no discurso "pró vida" quando eles são a favor da manutenção da gravidez, sendo que na realidade, muitos ao saberem que serão pais abandonam a mãe sozinha ou pressionam para que ela aborte. 

As ricas abortam, as pobres morrem.
Hipócritas!
Quando o personagem invoca o juramento que os profissionais da medicina fazem e a questão da vida como justificativa para negar fazer o aborto, ele simplesmente ignora as mortes maternas que ele mesmo sabe que são decorrentes dos abortos clandestinos. A suposta vida de um embrião tem mais valor que a vida de uma mulher adulta? Negar o direito ao aborto nos casos que são legais no Brasil também é comum. Não só médicos negam fazer o procedimento, como também hospitais. O que no caso de feto anencéfalo pode ocasionar até risco de vida para a mãe. 

Destrinchar essa cena completamente daria um texto enorme, porque além de tratarmos da questão do aborto sob a ótica da saúde pública, também seria necessário tratar da autonomia da mulher, mas antes de finalizar o texto, queria destacar que o comentário do personagem médico a respeito da paciente contar para o pai sobre a gravidez para que quem sabe isso fomentar um relacionamento duradouro. É inacreditável essa fala simplesmente porque ele fez um juízo de valor a respeito da vida sexual da paciente e acha que seguir com uma gravidez indesejada pode ajudar num relacionamento, como se isso fosse uma solução mágica. E inclusive, é só nesse momento, que o personagem de Antônio Fagundes lembra que aquele embrião tem um pai e fala nele, sem em nenhum momento julgá-lo. 

Imagem da page Médico Legal.
*Não só mulheres podem engravidar, homens trans e pessoas não binárias que tem útero também podem. Logo, todos os direitos defendidos pelo texto, como o aborto seguro e educação sexual, se estendem a essas pessoas.
*Quem quiser ver a cena em questão, é só clicar nesse aqui. A cena se inicia aos 56 segundos. No dia 29 de maio, a cena teve uma continuação completamente irreal, para conferir é só clicar aqui e ela começa aos 8 minutos e 6 segundos. 
*A objeção de consciência é um direito do profissional de negar realizar certos procedimentos, como os casos de aborto é legalizado no Brasil (casos de gravidez de feto anencéfalo, por exemplo). Mas hospitais se negarem a realizar o procedimento podem ser acionados na justiça. Na cena, o que aconteceu não foi um caso de objeção de consciência, visto que há diversos julgamentos implícitos na fala do personagem e também porque a paciente buscou um procedimento não legalizado no Brasil. 
*Posteriormente na novela, houve uma cena favorável a legalização do aborto. A cena e nossos comentários a respeito dela se encontram nesse link

Lei é eficaz para matar mulher, diz especialista.

96 comentários:

  1. O que eu acho ''engraçado'' quando se fala em aborto é que todos os homens com quem converso sobre isso, batem com a mão na mesa e dizem: "eu assumiria" quando eu falo que sempre sobra pra mãe. Mas a conta não bate, né? Todos assumiriam e porque a maioria foge.

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    1. É que é muito mais fácil na teoria.

      E, infelizmente, assim como é difícil prever a emoção e a ação reais, é difícil admitir: "Não sei o que faria".

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  2. O nome da novela já me cheirava mal...

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  3. Amor à vida de quem?

    Ao meu ver, de ninguém... Coagir, ainda que psicologicamente, uma mulher a ser mãe é não ter nenhum amor à vida desta mulher. E isso acaba, de uma forma ou de outra, refletindo-se na vida daquele feto/bebê... Isso é amor?

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  4. Muito bom seu texto! Gostei e me fez refletir pontos que antes não havia pensado. E é mesmo difícil esperar sair alguma coisa boa de uma novela da globo. Assim continuamos bestializados em frente a tv sendo manipulados por "verdades" que sequer paramos pra nos questionar ao longo de nossas vidas a não quando acontece com a gente.

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    1. Ah para com isso. Quando a novela faz apologia ao homossexualismo, ao feminismo, e outros ismos aí ela vale né...vamos parar com a hipocrisia minha gente.

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    2. Hipocrisia? Não sei qual a sua noção de apologia, nem sei bem o que as novelas fazem, mas mostrar a *homoafetividade e o feminismo (se é que mostram) não induz ninguém a formar opiniões equivocadas sobre assuntos sérios...

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    3. Homem das Antigas gostou do blog, né? Sinal que tá incomodado.

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  5. O caso teve continuação no episódio de hoje e simplesmente a grávida contou para o namorado, ele quis assumir e agora eles estão super felizes e o médico até estimulou o casamento.

    A-A-A-A-A-A-A-A-A-A

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  6. Texto maravilhoso, parabéns pela clareza!

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    1. Das mulheres que não tem dinheiro!

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    2. Homem das antigas, que tal argumentar?

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    3. Das mulheres que não tem dinheiro (2x)
      [como se a merda q vc disse fosse argumento]
      Ass.: O macho do homem das antigas.

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    4. Homem das Antigas, seu tempo acabou.

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    5. "O macho do homem das antigas.", achei que esse comentário colocou a homossexualidade como se fosse ofensiva.

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    6. Concordo.
      Foi o melhor que consegui pensar pra ofendê-lo... ;)

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    1. Se o homem das antigas (manias. Agora ele tem novas.) engravidasse de mim, será que ele assumiria a gravidez?
      Eu sempre como ele sem camisinha...

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    1. Mulheres morrendo não contam? A autonomia da mulher não conta?

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  10. Lindo texto, Thaisinha!
    Vou adicionar uma "trívia": a secretária do médico é super-sexualizada na novela, e especula-se a competência dela, já que é passada a ideia de que ele a mantém no cargo por ser gentil e bonita, e por se interessar sexualmente nela. Lamentável...
    (sem contar o desserviço do personagem gay-malvado-caricato)

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    1. E me falaram no FB que já teve discurso do personagem do Antônio Fagundes falando sobre homossexualidade que foi tenso. :/

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  11. Isso sem dizer que na cena ele ainda fala em deus, põe religião no meio, ele como dono do hospital e médico tinha que ajudá-la não ficar dando sermão. Não assistirei mais a novela.

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  12. Muito bom o texto.
    http://gallium-knight.tumblr.com/post/47480939265/dear-anti-choice-assholes-on-my-campus

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  13. Excelente texto. Obrigada e parabéns!

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  14. Complicada também é a característica das pessoas de resistirem ao sacrifício com convicção.

    É dificílimo convencer alguém a largar as novelas ou a boicotar algo que traz prazer imediato em nome de uma causa que promova um crescimento dos valores e do bem estar social a médio ou longo prazo.

    Temos aquelas pessoas que nem querem ouvir, as que ouvem mas distorcem o conteúdo e as que até ouvem, analisam e acabam concordando mas ainda assim não dão o passo adiante.



    "Meu entretenimento primeiro!"

    "De jeito nenhum eu vou deixar as novelas de lado, mesmo se elas promovem um discurso que impede avanços importantes".



    Não apenas com relação às novelas, é claro, isso se aplica à programação da TV em geral. A cultura é fortemente influenciada pela TV e a programação que só reforça mitos e estereótipos. Mas boa parte da culpa é dessa teimosia em não fazer pequenos sacrifícios, não se reinventar, das pessoas.

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    1. Da mesma forma que acho complicado que as algumas pessoas vejam novela e séries e sejam tão influenciadas pelo discurso que elas levam, acho complicado quem culpa essas pessoas pelas suas opressões, como você fez e coloca o entretenimento como algo fútil, necessariamente.

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    2. Oi, sou x primeirx anonimx.


      Então, definitivamente gosto do entretenimento, penso que é importante.

      A questão é, algumas obras conseguem apresentar mais de um ponto de vista e deixar abertura a criticas, enquanto outras tem uma "moral da história" fechada. E sim, concordo com você que é complicado ser influenciado por discursos de programas de TV ou de qualquer outra obra, sem pensamento critico. Mas se alguns não são influenciados, muitos sim.


      E não admitir a própria responsabilidade em uma situação pode ser problemático.

      É preciso conhecer certo produto para criticar, mas após certo tempo de conhecimento, que progresso pode-se obter criticando mas ainda consumindo o produto? Isso, é claro, se ele for do tipo que realmente está influenciando a cultura. Propagandas influenciam, discursos embutidos em obras de ficção também.

      E acredito que seja um ciclo. A emissora tem parte da culpa ao escolher certo tipo de valor para pregar, divulgando mitos e estereótipos. Mas os telespectadores (não todos!) também tem parte da culpa, por não analisar e criticar, não sabendo separar a ficção/entretenimento da vida prática.

      De maneira alguma esse meu pensamento se estende a crimes ou situações como a do estupro, em que muitos culpam a mulher. É apenas aplicado a uma situação de consumo de material intelectual ou qualquer outro tipo de produto.


      Mas claro, se alguém tiver uma outra visão, mais informação ou conhecimento e quiser compartilhar, me explicando melhor o que acontece, seria ótimo.

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    3. O meu ponto é que a maioria das pessoas vêem novelas, séries e filmes, ouvem música, tudo isso sem questionar o que está sendo dito, sem questionar o discurso por trás daquela cena/estrofe da música. Por isso, acho necessário que ativistas, por exemplo, assistam a novela e critiquem publicamente o que não agradar, justamente pra levar o questionamento para mais pessoas e para que haja uma mudança no entretenimento em si.

      Acho que ninguém é perfeito e muitas vezes a gente vai gostar de bandas com músicas machistas, de séries machistas, mesmo não concordando com o que está sendo dito. Nesses casos, o jeito é pegar o entretenimento como algo criticável. O problema pra mim é quando as pessoas acham que só por ser entretenimento é proibido criticar.

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  15. Olá!

    Redigi um conjunto de argumentos contrários ao aborto, dentre os quais estão respostas aos argumentos mais comuns usados pelas abortistas.

    O link para o texto é:
    http://goo.gl/cHBTN

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    1. Ninguém aqui está interessada, Tiago. A sua opinião não é importante. Passar bem.

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  16. Ótimo texto, não sou muito de assistir novelas, mas não fico surpreso com esse tipo de discurso, mas toda vez que vejo algo a respeito de aborto quanto mais eu leio menos coerência eu vejo nos argumentos de quem é contra o aborto.
    Não entendo como as pessoas ficam com mimimi de que a culpa é da mulher sendo que ela não faz um filho sozinha (apesar de que é julgada como se fosse se fizesse), por vezes é difícil, senão impossível criar uma criança tendo poucas condições.
    E nem dá pra falar "a vida é sagrada por causa de Deus" porque a maioria dos que são contra o aborto são a favor da pena de morte. Sou cristão, caso eu fosse mulher provavelmente eu não abortaria, mas não sou ninguém pra ficar julgando o que os outros fazem tampouco tenho algum direito de obrigar as pessoas terem a mesma convicção que eu, pois vivemos em um estado Laico.
    Outra coisa que eu vejo é o pessoal querer derrubar o direito da mulher abortar um feto anencéfalo porque iria ser o fim do mundo, poxa, não é obrigar a abortar fetos anencéfalos, e sim ter a opção de escolher ou não continuar a gravidez, quem tiver suas convicções de manter uma gravidez, tudo bem, mantenha mas quem não quiser também não deve ser obrigada.

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  17. Ótimo texto, eu já fui contra o aborto, só que quanto mais eu adentro no assunto, mais vejo que falta coerência em quem é contra.

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  18. Se a tese é: o corpo é meu, faço com ele o que eu quiser, então nada mais coerente que fosse permitida a venda de órgãos (ex: sangue), mas no Brasil isso é proibido.

    Não fosse isso o bastante, surge a discussão mais radical sobre a seguinte pergunta: qual é o limite que um dono tem sobre suas posses? Se a mulher, dona do seu corpo, tem o direito de matar outros seres vivos que estão hospedados e abrigados dentro dele, porque outras pessoas, donas de móveis e imóveis também não poderiam matar os seres vivos que estão dentro de suas posses? Isso pode soar absurdo, mas não é muito diferente do que defendem as defensoras do aborto. O dono de um corpo pode fazer o que quiser sobre o que está hospedado dentro dele? Então o dono de um carro pode fazer o que quiser com ele e com quem está dentro dele? O dono de uma casa pode fazer o que quiser com quem está dentro dela? Ora, pode uma mãe viajar para o outro lado do mundo e abandonar uma criança dentro de casa, sem dar-lhe alimento e assistência, sobre o pretexto de ser dona de si e ir para onde quiser? Abordo novamente este questão de abandono mais adiante.

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    1. Tiago, seu argumento é completamente insano. Como assim uma mulher e seu útero podem ser comparados a um imóvel? O que uma pessoa tem a ver com uma propriedade? O que um embrião/feto tem a ver com pessoas crescidas e vivas vivendo dentro dessa propriedade?

      Seu argumento é simplesmente tenebroso e mostra como você vê uma mulher: como objeto, sem nenhuma individualidade.

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    2. Querida, a questão é filosófica. Não gostou da comparação? Você não entendeu o argumento.

      O argumento é: O que faz você achar que ser dona do próprio corpo é mais importante que ser dona de um espaço ao seu redor? O ser vivo INDEFESO que está hospedado dentro do seu corpo é diferente do ser vivo INDEFESO que está hospedado no espaço ao seu redor? Até agora, nenhum argumento lógico você deu para sustentar a diferença, logo lhe restou a falácia "ad hominem", isto é, ataque à pessoa.

      Finalmente, o argumento termina com uma comparação bem pertinente: sua liberdade de ir e vir (afinal é dona de si mesma) lhe permite viajar e abandonar um bebê à própria sorte, sabendo que ele morrerá sozinho por ser indefeso? Ora, o papel do Estado é pela ordem social. Assim como abandono de incapaz é crime e quem abandona crianças é responsabilizado, quem assassina indefesos também deve ser punido.

      Se não gostou dos argumentos, refute-os logicamente, em vez de dizer que são insanos.

      Saudações.

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    3. Não me chame de querida, isso é uma forma de desprezar o interlocutor.

      E a questão que você trouxe não é filosófica, é simplesmente misógina mesmo. Você defende o direito à vida do feto/embrião, mas desumaniza a mulher e seu corpo, de forma que você compara o corpo dela com um imóvel. Isso é sinal de que pra você o corpo dito como feminino serve de apenas uma incubadora, onde o que está dentro importa mais que sua vida, sua individualidade, sua autonomia e sua história.

      Como pode ser uma comparação pertinente sendo que um bebê é um ser vivo e um feto/embrião ainda não é? Como você pode comparar ambos sendo que não existe nenhuma certeza sobre quando começa a vida?

      Sinceramente, seus argumentos são tão absurdos que não achei necessário refutá-los, porque a misoginia dele é clara. Você coloca o corpo da mulher como objeto e foca só nisso, além de ignorar nuances muito importantes como bebê é completamente diferente de embrião/feto. E o "quando começa a vida?" e a questão da saúde pública, autonomia da mulher e afins.

      Se você tem a má fé de ignorar tais nuances não achei que compensava debater. E tem outros textos de aborto nesse blog que refutam seus péssimos argumentos. Desculpa porque eu não tenho tempo pra masturbação intelectual de gente que ignora mulher como gente. (Eis o link: http://ativismodesofa.blogspot.com.br/2012/06/guest-post-desmontando-um-falso.html).

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    4. Vc compara fetos a crianças e quer uma resposta lógica? Quem está precisando estudar lógica (e entender melhor o que é o "ad hominem", já que ela não atacou a sua pessoa), é você. E vc tá se achando demais, né? Jura que alguém vai perder tempo tentando te convencer do óbvio, ou seja: que um feto não é uma criança.

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    5. Se não gostou do "querida", desculpe-me, mas equivale a tratamento como "caro(a)", "prezado(a)", ou similares.

      Misoginia significa aversão às mulheres, ou pela relação sexual com mulheres. Não se aplica a nada do que eu disse.

      Os exemplos que eu disse valem para homens e para mulheres, não são exclusivamente femininos.

      Feto é o nome dado ao bebê em estágio da gravidez após 8 semanas, quando já tem forma humana bem definida, coração pulsando, e os órgãos em formação. Alegar o início preciso da vida é irrelevante para quem defende abortos em qualquer fase da gestação. É sabido, por exemplo, que bebês prematuros podem sobreviver com extrema ajuda médica a partir de 22 semanas! O que dizer disso? Aqui já fica claro que abortar um feto de 22 semanas é assassinar um ser vivo em potencial que poderia sobreviver fora do útero materno.

      No mais, o assunto é sim filosófico e esbarra também na filosofia do direito (liberdade sobre si e sobre outrem e o papel do Estado ao limitar condutas). Por exemplo, você não respondeu a diferença entre a posse do próprio corpo e a posse do imóvel. O Estado não te dá autonomia plena sobre o seu corpo (quer homem, quer mulher). Por exemplo, você não pode vender seus órgãos.

      No mais infelizmente percebi que não há espaço para debate aqui. Sua colocação é acusar-me de má-fé (sem demonstrar nem provar), e atribuir adjetivos diversos, sem apresentar qualquer contraponto ou argumento oposto.

      Chamar argumentos de absurdos para não refutá-los é muito evasivo.

      Suas colegas e amigas fizeram o mesmo. É nesse nível que pretende defender o assassinato?

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    6. "Sem demonstrar, nem provar": apontei tudo que você esqueceu de levar em conta na sua argumentação.

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    7. Nesse texto (http://ativismodesofa.blogspot.com.br/2013/03/afinal-quem-o-marco-feliciano-representa.html eu falei sobre a questão da Filosofia do Direito e do aborto nos comentários.

      Pegar a definição de misoginia do dicionário é ignorar como a misoginia e o machismo influenciam a cultura e criam fatos sociais. Comparar úteros com imóveis é misoginia e eu já expliquei o porquê, se você considera que mulheres são apenas incubadoras, devem ter sua autonomia desrespeitada e podem ser comparadas com um imóvel, você é um misógino. Você odeia mulheres, você não as vê como gente. Inclusive, você acha ok que as mulheres que abortam morram no procedimento e isso é um exemplo óbvio de misoginia, tá?

      "Alegar o início preciso da vida é irrelevante para quem defende abortos em qualquer fase da gestação." - os países que tem o aborto legalizado dizem que pode abortar com oito meses por acaso? Então, se o texto fala de legalização/descriminalização, como você pode apelar pra esse argumento? Mais má fé da sua parte identificada, hein?

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    8. Todas as questões que propus valem para homens e mulheres.
      A única coisa que vale exclusivamente para mulheres é a gravidez, porém exemplos de como o Estado intervém na conduta social vale para ambos.

      O Estado penaliza quem maltratar e matar animais domésticos sem motivo, ou por motivo fútil. O Estado penaliza quem abandona pessoas indefesas e incapazes. O Estado regula como você faz uso do seu corpo. Por que seria diferente na gestação? A pergunta envolve coerência, portanto o exemplo foi dado e as questões formuladas.

      Seu principal argumento é "Sou dona do meu corpo e faço o que quiser com ele".
      A resposta é que isso não procede. Dei dois exemplos claros: 1) O Estado te proíbe de vender seus órgãos. 2) O Estado te proíbe de abandonar quem está sob sua responsabilidade, ainda que temporária (ex: babás e cuidadores de idosos).

      Seu argumento foi invalidado pelo poder que o Estado tem de limitar o que você faz com o próprio corpo. Se você parte para a abstração filosófica de: "ah, mas o Estado não deveria ter qualquer restrição sobre meu corpo", as perguntas que seguem é "por quê?" e "qual a diferença de possuir um corpo e possuir outras coisas?" Até agora, você só foi evasiva.

      Saudações.

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    9. "O Estado te proíbe de abandonar quem está sob sua responsabilidade, ainda que temporária (ex: babás e cuidadores de idosos)." - Já foi refutado com o óbvio e ululante: fetos/embriões não são crianças e nem idosos.



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    10. Você me acusa de usar de má-fé, de ser misógino, de coisificar a mulher, mas na verdade você é quem está coisificando o feto e o embrião.

      Ao dizer que um embrião ou um feto são inferiores até mesmo que animais e árvores (afinal, o Estado regula até mesmo o que se pode fazer com animais e plantas), você coisificou aquilo que todos nós seres humanos fomos um dia. E ainda chama se chama defensora de direitos humanos? Humano é reconhecer nossa origem. Todos nós já fomos embriões e fetos, isso é ser humano!

      Sim, discutir filosofia envolve debater tanto o óbvio quanto o absurdo, porque muitas vezes o óbvio para um é absurdo para outro e vice-versa.

      Saudações.

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    11. Tiago, preste atenção, seu argumento se baseia em apenas uma das frentes da discussão do aborto que é a questão do "meu corpo é meu", ou seja, autonomia da mulher. E esquece n outras questões que eu já apontei seiscentas vezes e você não responde a respeito.

      E mais: o texto é sobre aborto e ponto final e mulheres é que tem útero para abortar (e homens trans), então o assunto é mulher, dominação masculina, patriarcado, direitos reprodutivos e humanos.

      Esqueci de dizer que no seu papo, você esquece também de várias nuances como a saúde da mulher, perigo de vida e afins, gravidezes em caso de estupro e feto anencéfalo que são permitidos pelo Direito brasileiro.

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    12. "Já foi refutado com o óbvio e ululante: fetos/embriões não são crianças e nem idosos."

      Não são, mas se tornarão. Todos já fomos. Claramente você coisificou o feto e o embrião.

      Mas essa não foi a questão a ser refutada. A questão é o direito de o Estado regular a vida das pessoas. O Estado te regula no seu comportamento e no uso do seu corpo. Isto não foi refutado.

      Quanto a embriões e fetos serem coisificados a um status inferior ao de animais e plantas, isso nem estava em pauta no meu argumento para ser refutado, pois o argumento não era este; o argumento é sobre o uso do próprio corpo. Como vimos, o Estado regula o uso do corpo, e o caso da gestação não é o único exemplo de como o Estado faz a regulação.

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    13. Por que animais seriam inferiores aos fetos (e aos humanos vivos)? Por que o Estado não criminaliza o assassinato de animais quando pessoas o fazem para vender sua carne? Por que coisificar animais é ok?

      Bom, vamos falar de contexto social: mulheres são objetificadas pela nossa sociedade já há muito tempo e com muita intensidade. Mulheres não são tratadas como seres humanos em nossa sociedade. Mulheres são constantemente reduzidas a apenas incubadoras. E mais: fetos e embriões sobrevivem fora do útero?

      E como você pode falar em Direitos Humanos sendo que pra você tá ok mulheres morrerem ao tentarem aborto? Já ouviu falar de Direito à saúde? E direitos reprodutivos? E dignidade da pessoa humana?

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    14. Vários argumentos frágeis não se tornam em um argumento sólido.

      Cansou do argumento "o corpo é meu, faço o que quiser"? A resposta é que o Estado não entende que o corpo é seu e você faz o que quiser. E a gestação não é privilégio exclusivo disso.

      Quanto ao argumento "mulheres morrem", isso foi igualmente contestado. Morrer porque pratica um crime não implica que a solução seja anular o crime.

      Quanto aos outros argumentos da autonomia da mulher, dominação masculina, patriarcado, isso é um sexismo invertido, androginia ou afim, nada disso realmente se aplica à questão do aborto.

      O que se aplica ao aborto é a coisificação do feto, desumanização de um ser humano em sua origem primordial.

      Faço aqui uma pergunta para você:
      Imagine que você seja casada; você engravida; seu marido quer muito ter o filho, porém você, por motivos profissionais, não quer o filho.
      Sua decisão de abortar a gestação se sobrepõe a do seu marido de não abortar a gestação? Como resolver o impasse no conflito de vontades?

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    15. 1. Vc não quer debater, vc está querendo impor a sua opinião.
      2. O fato do Estado não dar total autonomia sobre o corpo não quer dizer que não podemos lutar por alguma autonomia. Ter algum direito não significa ter total direito e não significa que as possibilidades acabem a partir do momento que um direito foi dado.
      3. Ter um corpo é filosoficamente diferente de ter um carro, e se você não entende isso, campeão, não sou eu que vou te fazer entender. E o motivo é simples: eu não sou obrigada. Ninguém é obrigada a fazer você perceber que seus argumentos não passam de imaturidade. Again, vc está se achando. Tá achando que seu argumento faz algum sentido. E que somos obrigadas a de alguma forma respondê-los. "Chamar argumentos de absurdos para não refutá-los é muito evasivo." HAHAHAHAHAH, tá se achando, cara, tá se achando.

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    16. "Quanto aos outros argumentos da autonomia da mulher, dominação masculina, patriarcado, isso é um sexismo invertido, androginia ou afim, nada disso realmente se aplica à questão do aborto." aheuhaeuheaeuhe ZEROU. Cara, parei. Esse tipo de argumento é passar atestado de loser. Total loser eclipse of the heart. Fui!

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    17. Vou dormir rindo demais do "androginia ou afim", cara, é cada pérola que a gente tem que aguentar aqui.

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    18. "Quanto aos outros argumentos da autonomia da mulher, dominação masculina, patriarcado, isso é um sexismo invertido, androginia ou afim, nada disso realmente se aplica à questão do aborto."

      AUEHAUEHUHSEUAHRUAHEUAHUEHAUEHAUEHUEHUEHHEAH! Cara, desculpa, mas depois dessa é IMPOSSÍVEL debater com você. Continue vivendo nesse mundinho onde não existe machismo, misoginia, onde mulheres não morrem por causa de ambos e que existe discriminação contra os homens.

      Como eu resolvo esse impasse? Nem tem um impasse, se eu que terei que arcar com nove meses de mudanças no meu corpo, dores, enjoos, hormônios e eu que vou parir, a decisão é minha, só minha. E olha, a como sua pergunta hipotética foi direcionada a mim e eu jamais me "casaria" com um cara que não dividiria as tarefas, eu nem vou contar com a observação de que em nossa sociedade o cuidado dos filhos é feito pelas mulheres, principalmente. E a maioria dos "pais" não fariam nem metade do que as mães normalmente fazem no cuidado dos filhos. E mesmo no meu caso de casar com um cara bacana, a sociedade sempre o verá como "um pai bacana" quando ele faz o mínimo e me responsabilizará por tudo que se relacione ao filho e não ele.

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    19. Tiago, leia: http://marchamulheres.wordpress.com/?s=aborto
      http://ativismodesofa.blogspot.com.br/search/label/Aborto%20seguro
      http://blogueirasfeministas.com//?s=aborto

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    20. "Quanto aos outros argumentos da autonomia da mulher, dominação masculina, patriarcado, isso é um sexismo invertido, androginia ou afim, nada disso realmente se aplica à questão do aborto."


      Cara!!!!!!! Se informa!!!!!! Na moral, você não precisa passar por isso!!! Nem a gente!!!!!

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    21. MISÓGINO BURRO!!!!!!!

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    22. Tiago, a reação desse anônimo e de outro que falou sobre "não ser você quem vai arcar com uma gravidez indesejada" mostra como seus "argumentos" que comparam mulheres a propriedade são extremamente ofensivos.

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    23. Thaís,

      vitimismo é uma tendência muito comum no meio de vocês, neo-feministas. Há um vídeo curto que desnuda esse vitimismo:
      https://www.youtube.com/watch?v=ne9IK1ORcYY

      As reações de risada, fúria e outros só mostram que, quando perdem nos argumentos, partem para apelos emocionais. Eu jamais disse que não há violência contra a mulher, não há toda sorte de situação ruim entre sexos (há para ambos os lados, embora se possa argumentar que há x% mais para um lado que para o outro).

      Quanto à pergunta que fiz sobre marido e mulher, a segunda pergunta seria o oposto:
      E se seu marido quisesse abortar a gestação mas você quisesse mantê-la?

      Ora, no fim, o que provavelmente você responderia é que manteria sim a gestação, contra a vontade dele. Não apenas isso, se divorciaria e ainda pediria pensão alimentícia a ele, mesmo que a decisão de manter a gestação fosse exclusivamente sua.

      E essas duas perguntas demonstram que você foi a sexista, porque em ambos as situações você priorizou apenas a decisão da mulher e sempre ignorou a decisão do marido. Ou seja, você foi a sexista.

      No meu caso, eu em ambos os casos priorizo o FETO, priorizo a vida, independentemente da vontade do marido ou da mulher, portanto o sexista não sou eu.

      Finalmente, de todos os principais argumentos que restaram e já foram refutados (1) o corpo é meu, 2) mulheres morrem), sobrou um que tem seu corolário, que diz que o FETO NÃO é SER HUMANO, é uma coisa, um objeto, algo que pode ser descartado e destruído. O corolário desse argumento é que a mulher é DONA EXCLUSIVA desse objeto, isto é, a vontade do outro responsável pela "fabricação" desse "objeto" é totalmente inútil e descartável. Mas esse argumento pode ser desmontado separadamente: quanto a questão de o feto até X semanas ser um objeto, uma coisa, e quanto ao fato de a mulher ser dona exclusiva dele.

      Saudações.


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    24. Tiago, mais uma vez você está resumindo mulheres a incubadoras. E chamar mulheres de vitimistas quando elas falam de suas opressões só mostra que você está cego para seus privilégios sociais, não tem empatia nenhuma pelas pessoas e acha que por ser homem sabe mais sobre qualquer assunto que nós.

      Você não refutou nenhum argumento, porque apenas postar comparações esdrúxulas, objetificantes e misóginas não é refutar, é só fazer papel de bobo mesmo.

      "Você foi sexista porque você priorizou apenas a mulher", é cara, se você ainda não entendeu que úteros são parte do corpo dito feminino e o que acontece dentro dele tem a ver com a dona desse corpo e que o feto/embrião que está ali dentro só sobreviverá com anuência da mulher (e de seu corpo, porque você está ignorando que quase todas as gestações não passam dos três meses, porque abortos espontâneos são muito comuns nesse período), você não vai entender jamais. Uma gravidez não tem a ver com pessoas sem útero, porque o parceiro jamais terá que passar pelas mudanças hormonais que modificam o corpo e às vezes até mesmo o psicológico da pessoa. Nenhuma pessoa deve passar por uma gravidez indesejada, viver no sofrimento durante nove meses. (E como eu disse no texto, homens trans também devem ter os mesmos direitos reprodutivos que uma mulher cis). A decisão é da mulher, porque o útero é dela e a gravidez ocorre no corpo dela e ela que terá que arcar com todas as consequências dessa gravidez, incluindo o risco à saúde que algumas gravidezes apresentam, por isso foda-se o que meu marido fictício acharia disso.

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    25. E quem tá falando que o feto não é ser humano? Todo mundo entendeu que é vida, que é a vida de um ser humano. Agora você, do alto da sua inteligência, não deve sequer imaginar que existe uma diferença entre ser humano e pessoa humana. O embrião não é uma pessoa humana, lide com isso. E se vcs estivessem tão preocupados assim com a "vida"e com o "assassinato" de embriões inocentes, as clínicas de reprodução assistida nem existiriam. Em um processo de fertilização in vitro, embriões são sim descartados. E alguns são armazenados por alguns anos e depois são descartados. Se alguém acreditasse nessa conversa de vocês de que "ó céus, isso é assassinato", então a pílula do dia seguinte seria proibida. Aliás, não só a pílula do dia seguinte, já que um dos mecanismos da maioria das pílulas anticoncepcionais normais é o impedimento da nidação. Mas tudo bem, cara, vc não vai mudar de idéia e nós também não, então boa sorte aí no papel de bobo que vc está fazendo. Tô rindo até agora do "androginia ou afim". ÇENÇACIONAL.

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    26. Thaís,

      "uma vez você está resumindo mulheres a incubadoras".

      Mulheres são seres humanos cujo corpo contém uma das funções mais importantes para a vida humana, que é carregar dentro de si o surgimento de uma nova vida.

      "chamar mulheres de vitimistas(..."

      Você é vitimista sim, bem como a maioria das que ficam de "mimimi" por aqui. Posso lhe listar inúmeros benefícios e privilégios que vocês têm por serem se vitimarem como "sexo frágil". Citarei alguns exemplos no Brasil: a) a licença maternidade é de 4 meses, extensível a 6 meses, enquanto que a licença paternidade é geralmente de 5 dias; b) mesmo as mulheres tendo historicamente maior longevidade, a Constituição garante que elas se aposentam com 5 anos a menos de trabalho que os homens; c) o serviço militar não é obrigatório para elas; d) os trabalhos de maior periculosidade, de maior insalubridade são historicamente e majoritariamente feitos por homens, visto que as mulheres não se interessam por tais empregos ou não são dispensadas de exercê-los; e) mulheres são majoritariamente presentes em empregos cômodos e seguros, como trabalho de escritório, atendimento ao público e secretariado executivo; f) a prioridade da guarda de filhos é da mulher, e a prioridade da obrigação do sustento da família e dos filhos é do homem; g) mulheres e crianças são historicamente beneficiadas em tempo de guerra; h) por sempre se alegarem frágeis e vítimas, as pessoas (os próprios homens) se sensibilizam mais com as mulheres do que com homens; entre tantos outros. Há leis exclusivas que beneficiam as mulheres, e há leis exclusivas que criam deveres para homens. No mais, além de privilégios, não há razão para tanta reclamação. Vocês já conseguiram tudo na sociedade! O sonho da igualdade do passado já foi alcançado. Até a Presidenta é uma mulher! A presidente do FMI também! Algo falta mais?
      Basta de parasitismo e de vitimismo!

      "você está cego para seus privilégios sociais"
      Você é quem está cega.


      "Você não refutou nenhum argumento"
      De todos as falácias e pseudo-argumentos que você postou, só restaram dois que eu não terminei de refutar:
      1) O feto até X semanas é um objeto, uma coisa, algo impessoal, diferente de um bebê recém-nascido, um idoso ou inválido;
      2) A mulher é dona exclusiva do feto.


      "A decisão é da mulher, porque o útero é dela e a gravidez ocorre no corpo dela e ela que terá que arcar com todas as consequências dessa gravidez, incluindo o risco à saúde que algumas gravidezes apresentam, por isso foda-se o que meu marido fictício acharia disso."

      Está desaforada, hein? Você insiste em repetir argumentos falaciosos que foram refutados, como "o corpo é meu e faço o que quiser". Falso! Não é assim que ocorre e nunca será!

      Se minha mulher carregasse um filho meu na barriga e decidisse por si só abortar, além do divórcio, ela levaria um baita dum processo por assassinato, pois nem você nem mulher nenhuma tem o direito sobre uma vida que foi formada por 50% do material genético de um homem e 50% dela. Ela NÃO É DONA de algo que se formou com a presença de algo que NÃO É DELA.


      Quem coisifica o ser humano aqui são as neo-femininas abortistas, que não acreditam em igualdade de direitos e deveres, mas fazem o vitimismo em favor de privilégios.

      Saudações

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    27. Tiago, não vamos mais perder tempo com você. Eu não sou "neo-feminista", eu sou feminista, tá? E não sou vitimista, você é que precisa estudar um pouco sobre estatísticas, sociedade, princípio da igualdade, opressões e afins. Se você tiver a fim de se informar, nesse mesmo blog a gente refuta muita dessas merdas que você acha que são privilégios femininos. Mas se o seu negócio é continuar pensando de acordo com o status quo e ignorar coisas óbvias como existe machismo e existe misoginia, sugiro que você vá ler outros blogs, porque aqui provavelmente você não vai encontrar nadinha que te agrade.

      Você adora chamar mulheres de vitimistas porque elas reconhecem que são oprimidas e lutam para que isso acabe, mas você é que está fazendo papel de "sou um coitadinho, olha só, eu não divido tarefas, eu não cuido dos filhos, mas acho justo que minha mulher que faz tudo isso e trabalha aposente junto comigo"

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    28. Sempre aparece alguém pra jogar o caô da licença-maternidade e da aposentadoria, né? Ah, esse argumento é tão velho e já foi refutado por tanta gente, né? Quanta falta de originalidade. Aguardemos o próximo reaça alucinado que vai aparecer por aqui se achando o máximo com argumentos mais defasados que aparelhos de vídeo cassete.

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    29. Por favor, Flávia, qual é a explicação para a aposentadoria privilegiada?

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    30. Aqui: http://ativismodesofa.blogspot.com/2013/01/e-igualdade.html

      Assim, acho que já deu pra cair a sua ficha que nós não vamos concordar com vc, né? Eu acho digno da sua parte começar a agir no sentido de tentar conscientizar as pessoas ao seu redor que porventura não tenham opinião formada sobre o assunto, sabe? Porque assim, na boa, é o que nós estamos fazendo aqui nesse blog. E tem dado resultado, afinal as pessoas chegam aqui e depois nos procuram por inbox para falar que realmente nós temos razão. E até agora, Tiago, vc não conseguiu dar um argumento que se sustente. Nenhum. Não se sustenta com base na realidade, não se sustenta se pensarmos nos números, não se sustenta se pensarmos em como as Nações Unidas e os grandes organismos internacionais estão AJUDANDO muitas mulheres a saírem de situações de vulnerabilidade e terem uma vida digna. Você, meu caro, pertence ao passado. Você, meu caro, não consegue ter compaixão e tampouco empatia, pois está contaminado com uma mentalidade hipócrita que coloca as mulheres em uma situação de não-autonomia total, baseado em crenças que não encontram respaldo dentre os estudos mais renomados e observações acuradas de sociedades diversas. A matemática é bem simples, e você, do alto da sua ignorância e privilégios não vai conseguir entender, mas é isso: quanto mais autonomia as mulheres possuem, mais desenvolvida uma sociedade é. Está faltando a você, e eu já te falei isso, maturidade e um pouquinho de racionalidade para tratar desse assunto.

      E bem, se você claramente não tem o que fazer, nós temos. E seus comentários, de agora em diante, não serão mais aceitos. Porque a gente cansou de chover no molhado com vc. Porque nem eu, nem a Thaís, e nem ninguém aqui nesse blog precisa perder tempo discutindo com você. Porque o nosso foco não é você. Nós não estamos aqui fazendo das tripas coração pra conseguir manter esse blog pra você. Tem muitas meninas que chegam até nós e nos relatam o quanto aprendem, e o quanto se sentiram acolhidas e ajudadas ao ler nossos posts. Nós não precisamos discutir com você. Temos coisas mais urgentes a fazer, como por exemplo ajudar outras mulheres. Nós não precisamos da sua aprovação, tampouco das suas opiniões. Então eu vou repetir, apenas para reforçar: seus comentários não serão mais aceitos. Está repetitivo demais. Quer atenção? Crie um blog, coloque as suas "idéias" e lute por elas. Tenha uma boa vida.

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  19. Seguem dois últimos exemplos deste item:

    I - Você está andando por um lugar ermo e depara-se com uma pessoa (criança, jovem, adulto) ferida e abandonada; imediatamente você imagina que essa pessoa foi vítima de algum assalto, sequestro, atropelamento, ou algo do gênero; dá-se conta de que, se esta pessoa ficar ali abandonada, sem qualquer tipo de ajuda, ela morrerá. Você pensa em chamar a polícia, a ambulância, mas não há sinal de telefonia móvel. Só lhe restam poucas possibilidades de ajudá-la, porém todas estas exigem um amplo grau de esforço, de tempo, de dedicação, ou até mesmo dinheiro. A saída mais fácil é abandoná-la ali, à própria sorte, afinal, não foi sua responsabilidade, você não causou aquele problema, e ninguém saberá o que você viu e o que você deixou de fazer, você está atrasada para seus compromissos diários, entre tantos outros motivos que lhe passam pela cabeça. Nesta situação, o que você provavelmente faria?

    II - Um parente muito próximo (pai, mãe, cônjuge, irmão, filho) está praticamente inválido numa cama de hospital por conta de um grave problema de saúde (câncer, alzheimer, demência, tetraplegia, sepse etc). Este parente ainda tem um tempo de sobrevida médio a longo e não pensa em morrer ainda (ou seja, não é caso de eutanásia), porém o trabalho e o custo que ele lhe dão é muito penoso e elevado, você sabe que não aguentará isso por muito mais tempo; dentre as possíveis opções a se tomar, como pedir ajuda a amigos, familiares, entregar ao poder público, entre outros, as opções de abandonar a pessoa à própria sorte, ou a de matá-la, são as opções que você pensaria primeiro e gostaria de tomar? Se sim, também fará ativismo para que tais ações deixem de ser crime? Se não, por que acredita ser justo matar um feto porque ele - indefeso e incapaz - só consegue sobreviver exclusivamente durante alguns meses sob o abrigo do seu útero? Após esse prazo, basta entregá-lo ao poder público (Estado).

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  20. essoas morrem em consequência do cometimento de diversos crimes, logo a solução é descriminalizar o crime? Pensemos em alguns exemplos para checar se isso faz sentido:

    a) pessoas morrem porque invadem domicílios, ou instituições privadas, logo a solução é descriminalizar a invasão de domicílio para que pessoas não morram? Sim, quando um domicílio for invadido, nenhum mecanismo de segurança ou defesa será acionado, e a pessoa que entrou indevidamente será conscientizada a não mais entrar em locais sem autorização, porque isso poderia causar danos a ela, ou até mesmo a sua morte.

    b) pessoas morrem porque tentam assaltar bancos e lojas, logo a solução é descriminalizar a tentativa de assalto a bancos, para que pessoas não mais morram? Sim, quando tentarem assaltar lojas e bancos, nada será feito, pois não será mais crime. Qualquer assalto será respondido apenas com a conscientização de quem tentou assaltar para que não faça mais isso, nenhum mecanismo de segurança ou coerção será usado para que o assalto seja impedido.

    c) pessoas morrem porque tentam atravessar as fronteiras do país com artefatos ilegais e proibidos (como armas, drogas, remédios e produtos roubados), logo a solução é legalizar e descriminalizar o carregamento de quaisquer produtos para que pessoas não mais morram? Então as pessoas não precisarão mais carregar drogas em seus ventres, nem mesmo atravessar rios, pântanos e mares, pois não precisarão correr risco de morte para cumprir ações que não serão mais ilegais.

    d) pessoas (mulheres) morrem porque tentam cometer assassinato contra os filhos que carregam em suas barrigas, logo a solução para que pessoas (mulheres) não mais morram é permitir que cometam seus assassinatos sem serem punidas?

    Ora, esse argumento não faz o menor sentido! Se mulheres morrem porque cometem aborto ilegal, a solução jamais será tornar o aborto legal, mas impedir que as mulheres façam o aborto, ou tentem abortar. Se mesmo assim elas insistem em cometer um crime, que paguem o preço das consequências do crime e da ilegalidade!

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    1. Cara, você quer mesmo atenção! Deixou seu link, ninguém foi lá e então você resolveu colar tudo aqui? Com qual objetivo?

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    2. Experimenta ter um ser crescendo dentro de você contra sua vontade e depois vem contar como deve ser.

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    3. Eu também queria saber aheuaheuaheahe, gente, isso só pode ser efeito de dorgas, mano. Não há outra explicação pra alguém vir aqui e objetificar a mulher desse tanto e achar que tá sendo genial. E também não há explicação pra alguém comparar um sistema falido (a nossa abordagem à criminalidade e todo o nosso sistema carcerário são exemplos cabais de uma engrenagem que não funciona), para justificar outro sistema falido (a criminalização do aborto, que só pune as mulheres, em sua maioria pobres, que acabam morrendo por não terem acesso a um procedimento simples). Eu queria acreditar que é má-fé, mas dada toda a construção argumentativa, eu chego à conclusão que é só pobreza intelectual mesmo. Tamo aí no aguardo da próxima genialidade que vai aparecer por aqui.

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    4. "No uterus, no opinion!" como diz a Rachel. http://24.media.tumblr.com/85dab93d82bb555f9ee28658f73ac030/tumblr_mmqen0zaNX1rvi57bo1_500.jpg

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    5. Tiago, pegue seu banquinho e saia de mansinho, porque você só usou falácias e odeia mulher!

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    6. Nosso Estado adota a teoria natalista, isso significa que o Estado so reconhece a um individuo a personalidade juridica quando e se esse individuo nascer com vida.

      Isso significa que nao ha como elevar o feto (um nao nascido) à mesma categoria das mulheres, que sao seres humanos completos dotados de personalidade juridica.

      Querer alçar fetos à mesma condição juridica da mulher (essa sim detentora de todos os direitos hmanos) é uma aberração juridica e querer comparar o corpo da mulher a um bem imovel é outra aberracao, ja que a mulher possui o corpo e É o corpo.

      Comparar outros tipos de crime (como os contra a vida ou patrimonio) também é juricamente incorreto, ja que nos crimes citados os bens juridicamente tutelados de individuos que ja possuem personalidade juridica sao violados; eqto que no segundo nao há bem de pessoa com personalidade juridica sendo violado.

      Claro queu m desavisado pode tentar argumentar 'mas o feto nao tem direito à vida'? Se vc admitir que o feto tem direito a vida, nao seria possivel qq acao que ameaçasse esse direito. Assim, se a mulher gravida estiver doente e precisar de tratamento que ameace o 'direito a vida' do feto, ela nao poderia fazer. E estariamos tb diante de um embroglio juridico: a mulher(pessoa nascida com personalidade juridica) seria negado o direito a vida em prol de um feto (pessoa nao nascida e sem personalidade juridica).

      E a descriminalizacao do aborto nao aumenta o numero de abortos, tem efeito contrario, como mostrou os autores Freakonomics.

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    7. Anônimo,

      sim, atualmente - quanto à teoria natalista - é isso mesmo que ocorre, tanto é que a vida da mulher tem prioridade sobre a do feto, no caso de risco de morte da mulher. Há sim tentativas no Congresso de elevar o estado jurídico do feto, como o Estatuto do Nascituro. Este, porém, não faz parte dos argumentos que postei aqui.

      "Se vc admitir que o feto tem direito a vida, nao seria possivel qq acao que ameaçasse esse direito."
      Isso aqui é incorreto; todos temos direito à vida, porém o direito à vida de alguns é sobreposto, por exemplo, pelo direito de outros no caso de legítima defesa. Uma mulher que precisa abortar por questões de risco de morte é questão similar a de legítima defesa. Nos outros casos, não há como justificar o assassinado de embriões e fetos humanos.

      "E a descriminalizacao do aborto nao aumenta o numero de abortos, tem efeito contrario, como mostrou os autores Freakonomics."
      Isso é totalmente contra a intuição. A demonstração é de difícil repetição e investigação, devido à pouca aplicabilidade da metodologia científica, que envolve repetição e observação.

      Saudações.

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    8. Daí ele joga outro caô, o do empirismo, como se a pesquisa apresentada no Freakonomics não fosse resultado de anos de pesquisa. Hilário.

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  21. anedota sobre o aborto não ser assassinato: http://www.feministacansada.com/post/51937343712

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  22. Nunca tomem remédio para vermes, nem antibióticos, nem fungicidas: é proibido matar seres vivos que estão habitando o seu corpo e dependem de você para sobreviver.

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  23. Gostaria de lembrar que ninguém é obrigado a doar um rim, um pedaço de fígado, sangue, médula óssea ou qualquer outro tecido para uma pessoa que corre risco de vida. Ou seja: ainda que meu irmão dependa do meu rim para a sua sobrevivência, nada me obriga, legalmente, a doar o meu órgão para ele. Então por que eu seria obrigada a ceder, contra a minha vontade, um órgão meu (útero) para a sobrevivência de uma vida em potencial?

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  24. Olá Ingrid!

    Compete avançar no seu argumento de antibióticos e fungicidas.

    Existem bactérias e fungos que habitam o seu corpo e estão em perfeita harmonia e sintonia com ele. Certamente não é de seu interesse matá-los, senão você mesma sofrerá severas consequências com a falta deles. Eventualmente há um desequilíbrio desses fungos ou bactérias, que deixarão de estar em harmonia e passarão a exercer papel parasitário, então você precisará controlá-los.

    Eventualmente você também pode ser atacada por fungos ou bactérias estranhos ao corpo, os quais exercerão papel parasitário e prejudicarão o funcionamento global. A estes você precisará afastar do seu corpo, com uso de antibióticos ou fungicidas.

    Já que fez comparação com seres humanos, o mesmo vale também. Humanos que são nocivos também precisam ser controlados, aprisionados ou mortos. A sua comparação de comparar humanos com bactérias pode ser interpretada de forma cabida sim. Há bactérias/humanos que vivem em sintonia, logos estes não devem ser provocados para não provocar desarmonia. Há bactérias/humanos que são nocivos, e quando começam a fazer o que não devem, precisam ser combatidos.

    No caso de um feto armazenado em seu útero, se ele for nocivo a você, de forma que prejudique sua saúde ou possa implicar em sua morte, quase ninguém hesitaria que esse feto seja removido. Mas se o feto está em perfeita harmonia, sem prejuízo à sua saúde, o único argumento que restou até agora é que esse feto é uma COISA, um OBJETO cujo único dono é a mulher.

    O que argumentei é que esse FETO é um ser vivo (sim, tal qual bactérias e fungos, os quais você não pode matar indiscriminadamente), mas assim como semelhanças (citadas acima), há diferenças muito maiores, pois bactérias e fungos não se tornam seres humanos em plenitude em 22 semanas no seu corpo.

    Há ainda o que se discutir sobre a questão da posse e do direito sobre esta vida (ou sobre este objeto, como querem algumas de vocês).

    Saudações.

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    1. Tiago, olha um argumento em forma de rap: http://www.youtube.com/watch?v=UWe4d_5FQjg

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    2. 'Mas se o feto está em perfeita harmonia, sem prejuízo à sua saúde, o único argumento que restou até agora é que esse feto é uma COISA, um OBJETO cujo único dono é a mulher'

      Segundo a OMS, saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
      O feto interfere SIM na saúde de qualquer gestante.

      O feto interfere no bem-estar físico: (náuseas, enjoos, inchaços, aumento de risco de tromboembolismos, dores no corpo, fadiga extrema, dilatação de vasos sanguíneos e risco de varizes, perda de controle da bexiga (que pode se tornar crônica), risco de contrair depressão pós parto, que implica em alucinações visuais e auditiva, pensamento obsessivo, risco de suicídio.
      Interfere no bem-estar mental: (não estar preparada psicologicamente para ter uma gestação também interfere na saúde) E bem-estar social (esse nem precisa comentar, né?)

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    3. Ah, não compete estender o meu raciocínio aos seres humanos ditos como nocivos por você porque aqui estamos tratando apenas de PARASITAS OBRIGATÓRIOS, como Tênias, Giárdias e fetos até 12 semanas de gestação. Até porque, se eu bem me lembro, o feto com menor tempo de gestação a sobreviver fora do útero tinha cerca de 21 semanas.

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  25. Você não sabe o que uma gravidez indesejada pode fazer com a saúde de uma mulher, não é? O senhor Tiago, que não tem um útero e não corre riscos de sofrer com isso, ignora que gravidezes indesejadas são muito perigosas para a saúde psicológica de qualquer mulher. Será que ele acha que a mente humana não está incluída na ideia de saúde?

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  26. Poxa, gente! Cs tão argumentando com um cara q cada vez q bate uma punheta promove um holocausto!!!


    Amor a vida... Sei.... E as vidas em potencial que sao descartadas a cada punheta q vc bate? Hein? Como ficam????

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    1. Os espermatozóides que se perdem numa ejaculação qualquer, ou o óvulo que se perde a cada mês num ciclo menstrual, não são capazes de evoluir em questão de dias para um embrião de um ser humano.

      Para que haja um holocausto, seria necessária a morte de milhares de embriões formados a partir da fecundação do óvulo por um espermatozóide; sim depois que milhares desse zigotos fossem instalados em locais apropriados para desenvolvimento e evolução.

      Quem sabe no futuro o útero artificial seja algo totalmente factível? Assim o útero orgânico feminino seria algo inútil, o que tornaria a gravidez feminina algo totamente desumanizado. Não é isso que eu considero bom, mas é o caminho que o neo-feminismo empurra os cientistas a fazerem.

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    2. Não concordo. Cada espermatozóide e cada ovulo é uma vida em potencial.
      São sagrados.
      Seu assassino!!!

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    3. Meninas dêem ban logo nesse cara deve ser cria de mascu isso aí.
      Novamente um homem branco e heterosexual querendo ditar o que e como mulheres devem agir /risos eternos

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    4. Eu tava aceitando os comentários pra que todxs vissem o nível da argumentação "pró-vida"mas já enchi o saco e não vou aceitar mais. A Thaís tb desistiu há muito tempo. Estamos de volta à programação normal xD

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  27. Bem a cara de vcs colocarem privações nos comentários, mostra o quão INTOLERANTES são, não somente a vida mais a qualquer outra opinião que não seja tão doentia qto a de vocês....

    Um monte de cadelas no sio, tento filhos e matado-os em seguida.

    obs: peço desculpa as cadelas, elas cuidam e muito bem de sua prole.
    não será publicado, mais me dou por satisfeita já que alguém teve que ler, obrigada =)

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    1. Aceitei, anônimo. Só porque acho super massa mostrar a qualidade incrível de argumentos que vocês tem pra desqualificar quem é a favor da legalização.

      Acho bacana também mostrar a má fé dos argumentos "pró vida", porque digamos que o aborto é MUITO DIFERENTE do infanticídio. Ter filhos e matá-los em seguida é infanticídio e não aborto.

      Aborto é impedir o prosseguimento de uma gravidez. Ou seja, não há ninguém nascido ainda, apenas um embrião em formação. (Que caso não seja abortado ainda pode até ser abortado espontaneamente, porque conforme as estatísticas cerca de 25% das gravidezes terminam assim).

      A gente tinha parado de aceitar, porque toda hora vocês pró vida apareciam repetindo os mesmos argumentos, até fazendo spam e isso é um saco, polui o blog, mostra que vocês ignoram os argumentos e não estão interessados em debate, mas quando tem comentário novo e inédito, a gente aceita, tá vendo?

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  28. Feminismo no Brasil virou sinônimo de aborto por falta de causas. Pudera, outro dia vi numa Marcha das Vadias uma seminua com a faixa "Tenho o direito de andar de minissaia sem ser chamada de puta".

    É fácil identificar uma feminista mal intencionada no assunto aborto. Basta filtrar por aquelas que usam o discurso do estupro para justificar aborto indiscriminado. A cada caso de estupro, como o que foi noticiado recentemente no Chile (a trágica história de uma menina que foi abusada desde os 9 anos, engravidou com 11 e não vai interromper tal gravidez), essas feministas correm para se aproveitar de uma barbárie para defender sua causa única.

    Daí vem outro filtro para evitar perder tempo com feministas, digamos, mais abiloladas: exclua-se da discussão, também, qualquer uma que defenda o aborto com base na liberdade da mulher em relação ao próprio corpo. Argumento mais do que bizarro se considerarmos que há um ser humano dependente. Argumentos como a situação jurídica da pessoa, a partir do nascimento, eu simplesmente não discuto.

    Há também a discussão em relação às leis de doações de órgãos. Se não há atividade cerebral, não há vida consciente, interrompa-se a gravidez. É a partir daqui que as pessoas honestas, sérias e minimamente inteligentes estão discutindo aborto. Então já excluímos 90% ou mais das ditas feministas do debate. São, a partir deste ponto, apenas estridentes gralhas.

    Primeiro porque do ponto de vista científico há ali um sistema nervoso primitivo e em desenvolvimento. Passamos, então, para o ponto de vista filosófico. Desliga-se o aparelho de um indivíduo diagnosticado com morte cerebral não apenas por seu status imediato, mas também porque seu caminho é a morte. Ou seja, o indivíduo morreu mas temos condições de manter seus órgãos funcionando. O embrião e o feto, pelo contrário, estão em pleno desenvolvimento. Sua expectativa é exatamente o contrário da expectativa do indivíduo com morte cerebral.

    Essa não é minha opinião definitiva. Quero estabelecer um debate a partir daqui e, com esse post, minha intenção é que fiquem distantes aquelas(es) maluco(as) que não conseguem entender que aborto não tem absolutamente nada a ver com a vida da mulher. Tem a ver com a possibilidade de se exterminar a vida de um ser humano que, por infortúnio, depende de uma mulher abortista por 9 meses.

    Então, sugiro às feministas que gralham a falta de condição financeira/ social/psicológica da mulher, o fardo que será para a mulher, a dura vida que a criança terá, a liberdade sobre o próprio corpo... eu peço gentilmente a essas pessoas que não entre nesse debate e que vá protestar pelo sagrado direito de andar de minissaia sem ser chamada de puta.

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    1. peço perdão pelos erros ortográficos ao final. Falta de revisão :)

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    2. Só o nickname do cara já mostra a arrogância dele: "doutrinador".

      Ó grande sábio doutrinador, as feministas que você está ofendendo a maior parte das vezes são grandes estudiosas do assunto. Por que seus estudos e suas visão a respeito do assunto são mais sérias, mais válidas e mais inteligentes do que as delas? Será que é porque você é um machista que desvaloriza as opiniões femininas? Será que é porque você não aceita que mulheres hoje em dia estudam, escrevem, expõem as suas opiniões?

      E bom, com que base você acha que pode falar sobre o que é o Feminismo e suas bandeiras? Deixa eu te contar, caro doutrinador sem conhecimento nenhum de movimentos sociais, uma das principais bandeiras feministas desde sempre é a legalização do aborto, porque mexe com diversos pontos como a laicidade do Estado, a liberdade sexual, a autonomia da mulher, a saúde da mulher, os direitos reprodutivos da mulher e principalmente, a questão da saúde pública.

      No mais, o feminismo no Brasil trata de diversos assuntos, como você descobrir se resolver ler esse blog e os vários outros linkados ali do ladinho.

      Só digo uma coisa: Como você sabe se um embrião/feto vai se desenvolver até o nascimento sendo que 25% das gravidezes terminam em aborto espontâneo? (E esse número pode ser até maior dependendo das condições de vida da grávida em questão). Se o embrião/feto precisa da mulher para se desenvolver, como você pode tratá-lo sem ser como uma parte da mulher? Aborto tem tudo a ver com a vida da mulher, se não tivesse, não teria tantas mulheres morrendo em decorrência de abortos clandestinos e opa, deixa eu te lembrar, toda vez que uma mulher morre por essa causa, o feto que você se importa tanto com morre junto. Se você liga pra vida, você vai se importar com isso, não?

      Só os termos que você usa para se referir às feministas já mostram que seu machismo é claro. Você fala que feministas gralham, diz são "abitoladas" e trata todas nós como se fôssemos burras.

      Pessoal do Ativismo, acho que vocês deixaram esse comentário passar sem ver, porque o cara fez questão de ser desrespeitoso, deslegitimar opiniões femininas e tentar calar todas nós nos tratando como se fôssemos idiotas. Claramente não está aberto a discussão, ele só acha que aqui é um bom lugar pra "doutrinar".

      Mari

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    3. Leo Doutrinador, sua mensagem não será aceita, porque o senhor chamou a comentarista Mari de "Marizinha". Se você não sabe "doutrinar" sem sair ofendendo todo mundo, não vai dar para você "doutrinar" aqui, tá bom?

      A Mari deixou claro que ela como comentarista e leitora do blog não está a fim de ler mensagens de ódio contra seu gênero e sua ideologia, então se quiser comentar machismos à vontade, vá para outro blog.

      No mais: Conheço diversas pessoas que defendem a legalização do aborto por motivos "filosóficos e éticos" que você tanto clama como argumentos pra ser contra.

      Se você tiver a fim de discutir sobre isso, vá nesse link, leia tudo e só comente se você conseguir segurar o seu machismo. http://ativismodesofa.blogspot.com.br/2012/06/guest-post-desmontando-um-falso.html

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    4. Leo Doutrinador, você mandou a Mari estudar no seu segundo comentário "por favor me publique" e ainda acha que merece ter seu comentário aprovado? Sério, cara, pare de tentar silenciar mulheres.

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