quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu, balzaca e feminista


Eu nem sei com qual rapidez os anos deslizaram por entre os meus dedos, mas sei que parece ter durado menos do que durou. Eu tenho 29 anos. Portanto, doente terminal. Apenas um ano de vida me resta. Ao menos é assim que o senso comum desenha mais um estereótipo sobre mim. Aos 30 anos, eu já devia ter uma família (monogâmica e heteronormativa) formada, estar casada, até poderia ter uma carreira, se também fosse mãe e esposa. A tal jornada tripla, o destino certo da mulher de 30 anos. Minha beleza, já deteriorada pelas primeiras marcas do tempo (uma ruguinha aqui, cabelo branco ali, seio caído acolá), não é mais admirada. A juventude é parte inseparável daquele padrão de beleza do qual sempre falamos aqui no blog. Aos olhos da nossa sociedade machista, a beleza é o bem mais precioso que uma mulher carrega, sem ela, não existimos. Com ela, existimos apenas para deleite masculino.

Enquanto mascus bradam por aí que a vida deles começa aos 30, a minha deveria estar no fim. Sambando na cara da sociedade, nunca me senti tão bem comigo mesma quanto agora. Ok, há problemas aqui e ali, mas somente agora começo (sim, COMEÇO) a me entender mais claramente e a amar a pessoa que sou, ou ao menos a pessoa que me tornei. Importa bem pouco para mim a tal da ruguinha. A verdadeira mudança que vejo na pessoa que sou e naquela que fui veio de dentro. E é incrível como aconteceu em pouco tempo.

Balzac, em seu famoso livro, dizia:

"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer". 

Sobre essa citação, como diria Raul Seixas, eu acho tudo isso um saco. Uma mulher de 30 anos não é diferente de nenhuma mulher. Ficar categorizando quem é melhor e quem é pior não faz bem a nenhuma de nós. O que nos difere não é a nossa idade, são experiências pessoais que podem ou não interferir na nossa vida individualmente e não coletivamente. E é nesse ponto que o feminismo fez a diferença na minha vida: 
Eu preciso do feminismo para que a sociedade entenda que minha vida não acaba aos 30 anos.

Aos quase 30 anos, eu olho para trás e vejo como fui tola em ter sido calma, quieta, submissa, calada, opressora comigo mesma e com outras mulheres. E nem tem tanto tempo assim. Eu costumava dizer todas aquelas coisas absurdas contra as quais eu luto atualmente. Por exemplo: Eu dizia que as mulheres deveriam se dar ao respeito, que é muito feio mulher que bebe, e, o pior de tudo, havia momentos em que eu dizia até mesmo que se a mulher apanhou, fez por merecer. A minha falta de empatia por outras mulheres resvalava num pedido de aceitação dentro dos grupos em que eu andava. Grupos predominantemente masculinos. Não é que esses assuntos fossem exaustivamente discutidos em nossos encontros, mas há um machismo que paira sobre algumas cabeças e que acaba contaminando a todos, de formas e intensidades diferentes. A objetificação é só uma das facetas desse machismo que se revela em um ou outro comentário. Aqui e ali, meio encoberto por uma conversa casual sobre qualquer coisa, não necessariamente sobre a questão de gênero. E assim, lentamente, eu me deixei levar.

Aliás, eu demorei demais para me dar conta do quanto eu fui colonizada. Eu realmente sou uma pessoa tímida, mas o meu silêncio quando estava com eles não era timidez, era só silêncio. Lembro-me que uma amiga, que a eras me conhecia, me disse naquele momento da minha vida que a minha luz tinha apagado, que eu estava sempre calada. Na época eu compreendia a verdade naquelas palavras mas não conseguia identificar quais processos me levaram à esse comportamento. E posso dizer sem sombra de dúvidas, observando o meu passado, que foi a minha aproximação com homens. Não todos, vale frisar. Há no meio desse grupo grandes amigos, mas mesmo entre as pessoas que mais amamos existe uma coisa chamada "comportamento de grupo", que por vezes se manifesta. E dentro desse comportamento de grupo masculino a opressão às mulheres (e ao feminino de forma geral) existe. 

Caminhando rumo aos 30 anos posso me congratular, sem pedantismo, de ter sido capaz de mudar minhas opiniões. Tive ajuda nisso. Mesmo assim, não é fácil conseguir soltar as amarras culturais que nos são impostas, especialmente quando sabemos que o preço a ser pago é alto. Perdi grande parte dos meus amigos, tenho medo de fazer uma entrevista de emprego e alguém consultar as redes sociais, espaço que uso para entretenimento mas também para uma militância contínua, e é claro que existem os haters.

Algumas coisas aconteceram na minha vida para que eu pudesse sair do meu estado vegetativo. Eu conheci um grupo de mulheres que embora não se definisse ainda abertamente como feministas, foram de grande importância para a construção não só do meu feminismo como também o delas. Construimos uma identidade coletivamente. Somado a isso, uma tragédia também aconteceu dentro da minha família, com uma prima minha, um caso extremo de violência que resultou na sua morte. Todas aquelas mulheres que apanharam do marido ficaram para sempre ligadas à mim por meio dessa história. Eu entendo a dor de seus familiares, eu entendo. Eu entendo agora que nada poderia justificar o que aconteceu com elas. Eu vejo a Carminha apanhar na novela e sinto um nó se formar em minha garganta. Eu queria poder dizer que mudei unicamente com a minha força de vontade, com o meu próprio discernimento, mas isso não é possível, fatores externos à mim me esbofetearam na cara até que eu entendesse o quanto era prejudicial o discurso que eu sustentava até então. 

E é por isso que eu não consigo simplesmente culpar as mulheres machistas pelas barbaridades que falam, talvez nem elas entendam o quanto aquelas palavras recaem sobre si. Às vezes não acho a paciência necessária para lidar com elas, mas não as culpo. Alguém, em algum momento, me estendeu a mão para me fazer entender o que acontecia comigo. E por diversas vezes eu rechacei as palavras que me foram ditas. Ainda urgia em mim a necessidade de aceitação de uma sociedade que, eu ainda não sabia, nunca iria me aceitar de maneira plena, unicamente porque sou mulher. Mas um dia, eu entendi e estou aqui construindo e desconstruindo o que eu fui e o que eu sou. A cada dia, a todo momento. 

Eu não sei o que será de mim após a marca dos 30, mas aos 29 eu estou muito melhor do que estava antes. Se não estou livre por completo, estou lentamente me dirigindo à minha liberdade. E estou gostando muito. Que venham os 30.

21 comentários:

  1. Respeito todas pessoas que vencem as próprias doutrinações, sejam culturais, religiosas ou políticas. Não importa como, a vitória é sempre uma campanha conjunta, nunca solitária. Se por meio de livros passados ou pessoas presentes, a máxima newtoniana de "se vi mais longe foi sobre os ombros de gigantes" é axiomática.

    Para mim a melhor coisa em seus 30 anos completos vai ser assoprá-los em nosso cantinho. Por fim espero poder ler a versão desse texto quando você escrevê-lo aos 60 e eu estiver com 64, se eu durar tanto.

    Beijo e te amo em todos os tempos verbais,

    Rodrigo(33)

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  2. amanha eu faço 30, me emocionei demais com esse texto, vc relata minha vida!

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    1. Parabéns! que bom que gostou, já que diz que relatei a sua vida, posso supor que você também passou pelo processo de se reinventar, de mudar suas opiniões. E isso é motivo para comemorar ainda mais amanhã. Felicidades :)

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  3. Tenho 28 e não troco minha vida agora pela que eu tinha com 18 por nada.
    E o livro de Balzac foi escrito em 1829-1842, época em que as mulheres se casavam e tinham filhos super cedo e não trabalhavam, de forma que chegavam aos 30 quase que completamente vividas. São outros tempos e tem gente que precisa enxergar isso.

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  4. Tenho 35 anos e me senti contemplada por esse texto, obrigada! Sou uma feminista que se descobriu já balzaca.

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  5. Ai Giza, vc é maravilhante (como diz o tigrão)!!!

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  6. Nossa, admiro sua coragem de confessar, em detalhes seu machismo expressado em outras horas. Também não costumo culpar mulheres machistas, mas confesso que simplesmente não sei como lidar com elas da melhor maneira possível. :(

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  7. Perfeito, amiga! Eu me libertei do pensamento machista somente aos 29. Tenho 30 hoje. Pior é quando as mulheres machistas são da sua própria família: achando que vc virou lésbica - que preguiça! Não adianta insistir, tem que ser uma descoberta da própria pessoa.

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  8. Não tenho 30 ainda, mas quero chegar lá mais bem resolvida do que estou hoje. Aliás, espero chegar aos 18 mais bem resolvida do que sou hoje, com certeza (faço 17 no fim do mês). Não me libertei completamente do pensamento machista e opressor ainda, mas o feminismo (e seu blog, e vários outros) vêm me ajudando, desde que os descobri. A única coisa que lamento é que, como você, já comecei a perder amigos.

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  9. Que delícia de texto, me senti muito feliz ao lê-lo!
    Mal posso esperar para chegar aos 30, acho que vai ser o meu ápice de liberdade! haha
    Essa libertação do pensamento machista é uma luta diária, tanto no plano interior quanto no exterior. Às vezes tento mostrar certas coisas pras minhas colegas de faculdade, mas dificilmente adianta... Fico triste delas serem ainda tão presas e insatisfeitas consigo mesmas, mas jamais as culpo por isso.
    Por outro lado fico até feliz de "perder" amigos que não me acrescentam em nada, acho que a vida é curta demais pra gente perder tempo com quem não nos faz bem.

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    1. Isso mesmo! Essa de 'perder amigos' eu tb interpreto assim: se houve afastamento é pq não era tão amigo assim. E como a gnt fatalmente muda o cículo social, outros muitxs amigxs virão! Prefiro essa interpretação mais otimista.

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  10. Eu tenho 25 e estou ainda no meio do meu processo. Preciso ainda ter coragem pra assumir meu feminismo (tenho medo do julgamento alheio), preciso ainda tomar muitas outras atitudes e assumir posicionamentos em relação a isso na minha vida. Quem sabe eu não consiga alcançar isso quando chegar aos 30, com sorte antes?

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  11. Tenho 19. Passei a ter um contato mais profundo com o feminismo a 3 anos, do ano passado pra cá, foi o período que mais me libertei de amarras, de complexos de auto-estima, da passividade de escutar julgamentos perversos a respeito da aparência alheia, ou mesmo de praticar slut-shaming, até uns meses atrás, eu tinha conceitos bem equivocados sobre trasn e etc. Ainda estou no processo. Como você sabiamente apontou, a sociedade nos colonizou com suas ideias.
    Adorei o post<333

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  12. E quanto a amizades, é um pouco complicado conviver com pessoas que possui ideias que acho mega absurdas. Mas sempre tento, quando não soa incoveniente, conversar, debater, apontar caminhos. Ninguém muda de uma hora pra outra, e tento ter paciência de explicar certas coisas. O fato de eu ser feminista, sempre rende algumas piadinhas ou espanto entre pessoas próximas (parece que pra elas, feminista é um xingamento q). Sinto, a cada conversa, seja sobre aborto, homofobia, e etc, uma sementinha é plantada. Se não consigo convencer alguém do meu ponto de vista, saio sabendo ao menos que ela conheceu um outro olhar.

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  13. Tenho 33 anos,e são cada vez mais frequentes as cobranças,tudo num tom de MUITAAAA "preocupação" comigo rs,referentes a casamento e filhos,os quais não quero ter e tenho meu discurso deslegitimado,e o mais "engraçado", pra não dizer trágico ,é que muitas dessas amigas estão em casamentos fracassados e exaustas com as triplas jornadas que têm,isso tudo só me dá a certeza que são todas amigas da onça rs,afinal,querem me arrastar pra esse inferno de vida rs,e eu aqui tão bem,levando minha "vidinha" mais ou menos =)

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  14. Nunca é tarde para mudar de opinião e se libertar de amarras sociais. Também já fui muito machista e estou em processo de mudança e revisão de conceitos. Sempre me senti muito oprimida com todas essas cobranças que nós mulheres sofremos: ter que ser bonita, ter que ter um namorado, ter que casar - não basta você ser inteligente, divertida, bem-humorada, ter muitos amigos, ter um emprego estável, ter casa própria, ter duas faculdades e um mestrado - nada é suficiente se você não é linda e tem um homem ao lado. Até o dia que, aos 34 anos, tive crises de pânico. O motivo? Medo, muito medo: de perder meus pais e ficar sozinha, de não ter filhos, de não constituir uma família. Então decidi que tinha que mudar o modo como encarava a vida ou ia pirar. Fui me tratar e me preocupar em ser feliz e fazer as coisas que eu gosto de fazer. E agora, com 36 anos, descobri o feminismo lendo blogs, que levaram a livros, e que levarão a muitas outras descobertas e a mais mudanças, com certeza!

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  15. Sei que não estou comentando sobre seu ótimo post mas acho importante.

    Envio o endereço de duas páginas do Facebook com conteúdo totalmente misógino e que trata as mulheres como: coisas, objetos, pedaços de carne.

    http://www.facebook.com/CabraMacho.Oficial


    http://www.facebook.com/OrgulhodeSerMachista.Brasil

    Peço que todos homens e mulheres conscientes DENUNCIEM estas páginas!

    Obrigada

    Sawl

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  16. Conhece a música "Desconstruindo Amélia" da Pitty?

    http://letras.mus.br/pitty/1524312/

    :)

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  17. Olá Gizeli,
    Gostei muito do seu texto.
    Sinto nos meus 57anos que na verdade se não houvesse tanta opressão e cobrança, teríamos mais leveza e seríamos mais felizes.
    Um beijo.

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  18. É uma pena que a gente tenha que lidar com tanta coisa diariamente; as piadinhas machistinhas "inocentes", as cantadas, o estar sempre preocupada com se os outros vão pensar se somos vadias ou não... O caminho normalmente é tortuoso até que a gente descubra o que é feminismo, porque o senso comum nos faz compreende-lo erroneamente. Ainda nessa semana, num grupo de pessoas que estávamos jantando, uma mulher começou com o discursinho de que "homem nenhum presta" (mesmo havendo homens na mesa, sendo que ainda havia um casal, no caso eu e meu marido), ao que a amiga dela prontamente rebateu "para com esse papinho feminista besta!"
    As palavras me subiram à garganta, mas me contive, não era o local apropriado pra ensinar a elas o que era feminismo e que a afirmação era, na verdade, machista...
    Só que tem algumas coisas do feminismo que eu não consigo entender, ao menos coisas que eu vejo feministas propagando. Você também mencionou que dizia que as mulheres deveriam "se dar ao respeito", às vezes outras usam o "se dar valor". Eu entendo que muitas vezes estas frases são usadas como forma simplesmente de tolher a liberdade sexual alheia, mas às vezes acho que deveríamos é tentar modificar o entendimento da frase, e não tachar quem a diz de machista. Eu me considero feminista, e eu acho sim que falta a muitas mulheres "se darem valor"... pelo simples fato de que é bom ter liberdade sexual, sim, mas a gente também tem que pensar porque quer fazer sexo com determinada pessoa, se vai valer a pena mesmo, porque às vezes a gente coloca na cabeça que quer transar com um idiota, aí transa e se arrepende, rs. E porque o culto à liberdade sexual também é tão grande, que dá a impressão de que o certo é "ninguém ser de ninguém", e essa ode ao sexo como sendo a melhor coisa do mundo e que todo mundo tem que fazer acaba sendo prejudicial tanto para garotos quanto para garotas. Ambos, ao chegar à adolescência, sentem-se pressionados a transar logo, porque ser virgem é coisa de gente "careta". Ambos aprendem a tratar aquilo como momentâneo e descartável, porque "a gente pega mas não se apega". E ambos aprendem que quem não gosta daquilo é louco o anormal, e, como a Lola já postou algumas vezes, existem várias pessoas que não gostam de sexo, nem têm interesse nisso. (continua)

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  19. (continuando) Eu obviamente defendo o direito às mulheres de usarem a roupa que quiserem e sair às ruas na hora em que quiserem sem serem estupradas e molestadas (até porque, sei que as roupas não causam esse tipo de atitude de determinados homens), mas será que precisamos cultuar tanto nossos corpos, ter essa preocupação de estar sexy o tempo todo, usar tudo justo, curto, e decotado? Eu sei que é o machismo que faz algumas mulheres necessitarem de atenção masculina (temos que admitir que a grande maioria que se veste dessa forma é exclusivamente para obter atenção masculina e competir com outras mulheres! Mulheres feministas normalmente se importam menos em ser sensuais e chamar a atenção, e mais em estarem confortáveis com suas roupas e corpos).
    Será que é tão errado assim dizer "se dê valor", se dissermos a essas mulheres que elas são mais que corpos, que elas não precisam de roupas justas e curtas pra atraírem olhares, que elas são lindas como elas são? É errado dizer pra uma mulher se respeitar mais, e pensar duas vezes antes de aceitar sair com aquele bonitão casado que dá em cima dela, e dizer "amiga, homem casado é furada, esse só quer sexo com vc!".
    A gente às vezes fala que somos independentes, que sabemos separar sexo de amor tão bem quanto homens, mas eu vejo muitas e muitas mulheres por aí (amigas, parentes, conhecidas) que sofrem por caras que não querem nada com elas além de sexo, e acham que se elas forem perfeitas, saradas e boas de cama, eles vão se apaixonar loucamente por elas.
    Eu acho que tá faltando sim que muitas mulheres "se deem valor", mas não pelo que os outros vão pensar delas, não por serem rotuladas de qualquer coisa, mais sim por elas mesmas. Pra que elas parem de achar que têm que ser sempre as mais bonitas, as mais arrumadas, as mais saradas, as que recebem mais atenção masculina (e feminina), para que elas se sintam menos invejadas e mais felizes (já viu como é recorrente esse pensamento, de que elas são super odiadas porque causam inveja? Porque as outras são recalcadas?). Essas mulheres geralmente são todas machistas, e não é culpa delas, sabemos que é culpa de toda a sociedade que nos prega isso diariamente. Mas aprender a nos respeitar e nos dar valor não é ruim. Respeitar-se é saber dizer não quando se quer dizer não, é não fazer algo que não quer pra agradar a um homem, é não ter medo de "perder" o paquera porque não quis satisfazer determinada fantasia sexual dele. Dar-se valor e ao respeito é conhecer-se e amar-se acima de qualquer coisa. E nós, feministas, sabemos que isso é bom e que somos mais tranquilas e realizadas que as machistas, porque um dia fomo machistas e nos sentimos tão oprimidas quanto elas se sentem.
    Pra ser bem sincera, no dia em que aprendi a me dar valor, virei feminista!

    Beijo!

    Sofia V

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